Observadores - Lucious e Phillip!!

O membro 'Felipe' realizou a seguinte ação: /roll

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'd20' : 20

Com um berro violento, ele abandona a cautela e parte com selvageria, desferindo golpes fortes e duros, empurrando-o contra a parede:

Ataques de espada: 19 e 18 (hit; hit)
Dano: 8; 7

Vê-se em maus lençóis. O assassino era forte, feito para Howard. Talvez um rival antigo, ou membro de outro culto.
Seu coração aperta.

Por aqui. Os gritos vêm deste lado.

O membro 'Felipe' realizou a seguinte ação: /roll

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#1 'd20' : 13, 12

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#2 'd6' : 5, 4

Philip estava agitando a pluma na direção do meio orc, e achou, por uma fração de segundo, que a expressão do bandido se transformaria em um sorriso. Nunca esteve tão enganado. Um calafrio lhe percorrera a espinha, mas não o mesmo calafrio sobrnatural que sentia quando seu tio, ou seu patrono se faziam presente. Era medo.

-Puta que... - Foi tudo o que conseguiu dizer

Encuralado e ferido, achou por um segundo que seus braços realmente poderiam descolar do corpo. Mas sentia o sangue escorrer por entre os dedos quando instintivamente leviu a mão em umas das feridas recém-abertas.

Encarou seu atacante com raiva. Não morreria por seu tio, não alí, não daquele jeito. De preferencia nunca, mas não encurralado em um beco. O instinto de sobrvivncia batendo forte, buscou uma rota de fuga. Ameaçou ir para um lado, mas pôs-se a correr para o lado oposto, em direção a passagem por onde entrar no beco.

-Socorro, alguém pare este animal! - gritou na direção dos espectadores

Código:

Dando disengage pra evitar ataque de oportunidade e movendo para a saida do beco

Você dispara passando pelo agressor, vendo-o fazer um largo arco por sobre sua cabeça. Ao abaixar para correr, você escapou por um triz do que poderia ser o golpe fatal.
Você corre para a entrada do beco. Não havia ninguém ali.
Mas você corre... e sente que passou por alguém parado no meio do caminho.
Um arrepio. Uma presença sobrenatural que não estava ali... Não deveria estar.
Ouve um sussurro sinistro, uma voz sombria bem no pé do ouvido:
"Eu o escuto, Ward. Não vai mais importuna-lo."

Você dá um grito em sua corrida, que se mistura ao de alguém às suas costas. Por um instante a dor o toma.
Uma mão sai das sombras... prestes a agarra-lo.

Você irrompe do beco. Tropeça em seus próprios pés. E na rua, o cascalho do pavimento, cai estatelado.
Pessoas correm para longe, amedrontadas.
Alguém chamava guardas aos gritos. Lembra-se da patrulha. Logo estariam ali.

Atrás de você, um beco vazio.
Nem sinal de seu agressor, ou da presença que o interpelou.

Seu braço o lembra da dor, feridas profundas.
Mal consegue mexer o braço.
Foi por um triz...

Dizem que há um momento quando sua vida está por um triz que o tempo e o espaço parecem se contorcer. Essas pessoas, é claro, desconhecem as forças desconhecidas que habitam este, e outros planos. A lamina que passou sobre sua cabeça lhe parecer mover mais ar do que deveria. E conforme tentava correr em direção à saida, o beco parecia se alongar. Talvez fosse apenas adrenalina, mas provavelmente não.

A sensação já era familiar, o calafrio sinistro que lhe percoria ao longo da espinha, o coração que parecia se demorar um pouco mais entre uma batida e outra, e a sensação de alguém, ou algo, ao seu lado. A voz, porem, lhe passara mais a sensação de terror do que alivio. Abriu a boca e deixou o ar sair. Um grito, mas nenhum som saira. O mundo parecia em silencio, feito apenas de escuridão e dor. E então a realidade retoma o controle.

Mais dor, e a pedra húmida e imunda lhe pressionava o rosto. Tentou se reerguer, apreensivo, mas lhe faltava força no braço. Teve forças apenas para se virar e encara o beco novamente enquanto os transeuntes corriam apavorados. Nada. Nem sinal do meio orc, ou de quem, ou o que, o auxiliara. A dor lhe cortava fundo e mal conseguia mover o braço. Ainda assim, em meio ao caos e a dor, rompeu em uma risada demente.

Finalmente reergueu-se, ainda que com dificuldade, enquanto a sanidade lhe retornava e voltava a ter consciência do mundo à sua volta. Aquele era um pessimo lugar para se estar. Respirou fundo e arrastou-se para longe dalí.

-Y' ah nafl ya... – Sussurrou para sí próprio

Aos poucos suas feições élficas se diluiram ainda mais em meio às humanas, sua pele tornava-se mais suja e enrrugada, e sua roupa se desfazia em trapos. Seguiu na direção da maioria, não como Philip, mas como apenas mais um desafortunado e desgarrado pela vida.

“Onde está você, Edgar?” - Mandou mentalmente para o Corvo

Código:

Usando a invocação “Mascara das Mil Faces” (magia disfarçar-se à vontade)

”Magia: Disfarçar-se”:

Disarce:

(Os olhos do familiar possuem algum alcance?)

Você cruza um número de curiosos que se acotovelava. Vendo-o sair dali, tomam-no como mais um maltrapilho.
Ali, haviam pessoas tomando alguma coragem para retomar a viela. Temiam testemunhar algum crime hediondo, as lembranças da guerra, tão recente, ainda frescas na memória.

Um pensamento:
* Um meio-orc conhecia Howard, talvez através do culto, ou por outros meios.
* Era sabido que cultistas estavam se infiltrando na cidade, tentando tomar os templos.
* Teria você sido confundido com uma ameaça? Ou teria sido um "aviso" para Howard?

Atualizando:
Através dos olhos de Edgar, o segundo agressor desaparece na multidão, apressado. De certo teria se desfeito do capuz para se misturar aos curiosos. Edgar não saberia distingui-lo.

Então ele volta ao beco, apenas para encontrá-lo saindo, e decide empoleirar-se no topo de um casarão, observando a multidão de curiosos que se formava na entada do beco, impedidos de avançar por dois guardas armados com lanças, que prontamente abrem caminho para outros dois, a cavalo, que entram apressados.

Mas os sentidos de Edgar voltam-se em outra direção. Um mau pressentimento, talvez uma sensação ruim.
"Olhos na multidão"

Ele grasna, sentindo-o se afastar dali, o braço dolorido. Ele o imita, encolhendo a pata, os sentidos compartilhados.
O grasnar o misturava aos animais da cidade. Mas em seu íntimo, era uma pergunta:
O que faço?

O cansasso e a dor que sentia já se encarregavam de tornar seu disfarce de velho um pouco mais convincente. Levou a mão ao corte mais profundo, sentindo o sangue já se tornando uma camada viscosa e gelada. Ainda sangrava, mas não parecia correr risco de perdr a vida, ou o braço. Se apoiou na parede de uma casa, em uma esquina próxima o bastante para que ainda pudesse ver a entrada do beco. Howard teria muito o que explicar próxima vez que se encontrassem. Levou a mão até seu tomo e cogitou convocar o tio até ali. Não era arriscado. Se perguntou o quão descontentes com ele estariam os anciões, a ponto de envia-lo até uma armadilha certa. Uma semente de paranoia começava a germinar, mas deixaria aquele sentimento de lado, por hora.

O grasnar de Edgar talvez não fosse diferente dos demais animais da cidade, mas Philip não apenas ouvia, como sentia a sutil deferença. A mensagem telepática ecoou na mente do meio elfo por alguns segundos. A sensação de estarem sendo observados lhe preocupava. Grunhiu mal humorado.

-Preciso respirar alguns minutos – Respondeu ao corvo – Não espero outro ataque com a guarda por perto, fique de olho pra ver se descobrimos quem nos atacou...

Algo alí não lhe cheirava bem. Um fedor que sobrepunha aquele das ruas imundas. Não mandaria quatro guardas, muito menos membros da cavalaria, para impedir um assalto em um beco. A paranoia voltou a se instalar no fundo da mente de Philip, e se perguntou onde seu tio o havia enfiado. Tentou empurrar o sentimento de volta apar o escuro, dessa vez sem tanto sucesso.

Surpirou pesadamente. Dois pares de olhos em direção ao beco talvez fossem o suficiente para descobrir quem observava. Deixou o corpo deslizar pela parede até sentar-se no chão, dando-lhe ainda mais o aspecto de um mendigo velho e cansado. Não poderia se arriscar por ali por muito tempo, logo teria que ir atrás da suposta sacerdotiza que, desta vez, esperava muito não ser uma fraude.

Código:

Edgar tentando ouvir a conversa dos guardas (Perceção: +3)
Philip tentando procurar alguém suspeito (alguém que não parece apenas um curioso) no meio da multidão (Percepção: +2)

Enquanto esperava, pouco conseguia ouvir. Edgar estava muito alto, e seu grasnar provocou outros.

Mas não demora, atentando ao beco de onde saíra, perceber 2 guardas entrando às pressas.
Mas o mais curioso foi, por outro ponto que poderia dar acesso ao mesmo beco passando entre as casas, vê sair um anão, tentando disfarçar-se na multidão.

Olhando de fora, percebe outros atentos a ele.

Ao que parecia, Edgar fizera alguns amigos empoleirado no todo da construção. Não que fosse realmente incomum. Quando não se misturava aos outros corvos que habitavam a periferia da mansão Ward, outros cultistas também eram, eventualmente acompanhados de familiares. Isso , é claro, não importava na situação atual, e Philip voltou a se concentrar na atividade em mãos.

Apenas observando do solo, talvez o bruxo não pudesse realmente notar a figura que se destacava, porem a vantagem das criaturas como seu corvo era que elas lhe davam uma outra perspectiva, literalmente falando, da situação.

O anão parecia apressado e, talvez por isso, sua tentativa de passar desapercebido não fora realmente bem sucedida. Outros o olhavam curioso, mas ninguém se deu ao trabalho de abordá-lo. Suspirou fundo e se pôs novamente em pé. O braço ferido ainda latejava, e teve alguma dificuldade em se levantar.

-O anão, Edgar... Siga o anão... – Comunicou mentalmente

O corvo saberia quem seguir, e Philip se manteria à uma distancia relativamente segura. Longe o bastante para parecer apenas um transeunte seguindo a mesma direção, mas próximo o bastante para manter o anão em vista. Com sorte não terminaria em outro beco, literal e figurativamente falando.

Código:

Seguindo o anão com Edgar pelos ares e Philip a pé, não necessariamente escondido mas sendo o mais casual possível (Enganação: +8)

Ward ia se levantando quando alguém fala às suas costas:
"Me chamo Lucious. Sei do eclipse, dos cultistas e da ameaça que isso representa. Posso ajudar. Por favor, me encontre na Taverna."

O homem estava parado bem às suas costas.

Philip se ergue para seguir o anão e algo estranho acontece. Uma voz as suas costas, falando de cultistas e eclipse. Ergueu uma sobrancelha ao reparar no homem parado às suas costas. Se perguntou por alguns instantes se era algum contato de seu culto. Olhou por trás do ombro, certificando-se que o anão ainda estava em vista, e viu que o dedo do homem apontava para o mesmo alvo. Franziu o cenho agora em uma expressão de duvida, questionando-se se não ouvira algo que não deveria.

-Posso lhe encontrar na taverna se você pagar, Sr. Lucius! - Disse uma voz que soava consideravelmente mais jovem do que aparentava – Mas eu acho que você precisa falar mais alto, muito barulho por aqui, ainda mais depois que atacaram o pobre homem no beco... E, sem querer me intrometer, mas eu acho que o senhor está perdendo seu anão!

Apontou para o anão que parecia ter hesitado por alguns instantes antes de seguir seu caminho. Se perguntou se o homem ao seu lado não tentara alguma magia telepatica, ou similar. Ele não precisava delas, mas sabia que muitos arcanos usavam truques similares.

-Não perca o anão de vista, Edgar, já irei segui-lo! – Enviou mentalmente ao familiar ates de se voltar para Lucius – Se não se importar, posso ajudá-lo a caçar seu anão, e podemos falar novamente sobre a tal taverna, que tal?

Abriu um sorriso sem dentes. Se aquele homem, Lucius, sabia algo sobre cultistas, seria bom ficar de olho nele. Talvez encontrasse um aliado, mas com a sorte atual, manter um inimigo a vista ainda era melhor do que ser emboscado mais uma vez.

O anão para e, indiscretamente, olha pra trás. Percebe a conversa e dá meia volta, vindo de encontro com Lucious.
Mas ao se aproximar, ele resmunga algo e empurra Lucious para o lado, indo a passos rápidos até Ward:
- Com os diabos. O que aconteceu com você, rapaz? Foi pedir esmolas a um bárbaro?

Ele ri da propria piada, e sem pedir permissão começa a tocar Ward, até então para senti-lo (ou revista-lo), até tocar o braço ferido e fazer o meio-elfo ver estrelas.
Ate Edgar grasna e se agita.

Lucious vê na multidão olhos atentos, agora em vocês. Sua autoconfiança talvez o tenha revvelado cedo demais. Outros o viam, mas deles, nada sabia.

Philip abrira a boca para responder ao homem, de expressão claramente frustrada, mas como era comum aos mendigos e menos afortunados, o tal Lucius o ignorou é voltou a atenção para o anão. Ao menos tivera a decência de se desculpar.

Observou o homem sacando um, banjo? Então ele realmente utilizara magia para tentar contatar o anão. Não sabia a extensão das habilidades de Lucius, mas já vira músicos, cantores e até conhecera algumas dançarinas que usavam as artes para manipular a trama mágica. Dessa vez ele chamou a atenção do anão, e dos demais olhos que se escondiam na multidão.

Viu o anão se aproximar, mau humorado, e deu um passo para trás. Ergueu uma sobrancelha quando o anão empurrou Lucius e veio em sua direção. A piada arrancou um meio sorriso de Philip, mas este logo sumiu quando o anão começou a apalpá-lo. Instintivamente sua mão foi até o tomo e o agarrou por cima da roupa.

Seu olhar foi na direção de Lucius que os observava, um misto de curiosidade e desconfiança. Desconfiança que provavelmente aumentaria ao ver a figura por trás do velho. Um meio elfo com feições mais humanas que o contrário.

-Mas o que está... Aaargh! — começou a dizer para o anão antes de senti-lo apertando a ferida.

O grito de Edgar ecoou pela viela, quase que se destacando dos outros sons. O olhar de Philip mais uma vez se voltou para Lucius, por trás da ilusão seus olhos parecem adquirir um tom sobrenatural, como o brilho de um predador à espreita na escuridão. A mensagem, porém, não viera na forma de palavras, era como se uma idéia invadisse a mente de Lucius, um sussurro no fundo de sua mente que parecia rastejar para o consciente.

-Que tal sugerir aquela conversa na taverna de novo?

Código:

Usando a habilidade Mente Desperta para enviar a mensagem telepaticamente para Lucius

Luscious passeia os olhos ao redor, apenas pare perceber alguns olhares curiosos. Alguns até mesmo apontavam.
Mas uma pessoa se destaca, imponente na multidão, o rosto coberto por um capuz.
Então um forte mercador, com um saco de grãos, passa no caminho, e a figura desaparece do outro lado da rua.
Por um instante, o coração volta a bater aliviado. Mas ao se virar, a figura estava em outro canto. Ainda mais perto.
Desta vez, você consegue ver um sorriso naqueles lábios afetados, e os olhos pareciam avermelhados... e faiscantes.
Desta vez foi uma velha com um chapelão de plumas que cruzou o caminho, fazendo a sinistra figura sumir de vista novamente.
O coração volta a bater acelerado.

O anão ajudava Ward a se apoiar, dizendo:
- Vamos cuidar destas feridas, meu rapaz. Depois você pode me contar como as conseguiu. E se não chamou os guardas assim que os viu, é porque, como eu, não quer ser perturbado com perguntas óbvias que não levarão a nada.

Lucious toma o caminho de uma adega que se lembra de ter passado. De fato, vinha pouco a este lado da cidade, mas o caminho do vinho era bem conhecido por qualquer bardo de respeito.
Todo o caminho o anão deixa o bardo conduzir, cuidando do ferido e insistindo em saber:
- Quem o atacou?
- O que queriam?
- Violento demais. Não foi só um assalto. Ou foi?

Então passam pela taverna onde Lucious deixou o cavalo. Um guarda vigiava as montarias ali atreladas.

O anão muda o caminho para lá sem aviso, dizendo apenas:
- Sorte a nossa. Ela já deve estar acordada. Tem uma pessoa hospedada aqui que poderá te ajudar, rapaz. E o vinho daqui, senhor Lucious, é o melhor para regar uma tensa conversa como a que se seguirá.

Por um momento Philip chegou a acreditar que o anão tirara alguma adaga do meio das barbas e lh enfiasse nas entranhas. Talvez o outro homem, Lucius, tivesse entendido o pedido de ajuda, ou melhor, a sugestão de tirar todos dali de forma a chamar o menos de atenção possível. Reparou que o humano parecia buscar algo em meio a multidão e fez uma checagem rapida. Nada. Quase não ouvira o comentário do anão sobre chamar os guardas e perguntas irrelevantes. Por um momento, suspirou aliviado, ao menos o mais aliviado que conseguia se sentir um uma mão apertando-lhe a ferida recém-aberta.

-Preciso apenas de um bom vinho, mestre anão... Na garganta e nas feridas! - abriu um sorriso sem dentes da ilusão – O sr. Lucius conhece um estabelcimento próximo, não?

Não disse nada a respeito do comentário do anão, mas moveu a cabeça num gsto de complicidade, confirmando a pergunta. Olhou mais uma vez ao redor, buscando o predador recém mencionado por Lucius. Com alguma sorte, seria a manifestação daquilo que o livrara do meio orc. Mas sorte parecia estar em falta recentmente.

Enviou um comando mental rapido para Edgar, que prontamente deslizou pelo ar até pousar em seu ombro. O animar crocitou desconfiado ao olhar as figuras aidna desconhecidas. Um olhar mais atento, àquela distancia, poderia notar a pequena bifurcação na língua e a discreta pupila fendada horizontalmente nos olhos negros do animal.

Seguiu com os dois homens na direção da estalagem, o anão ainda lhe segurando a ferida, o que Philip julgou ser alguma tentativa de pretar os primeiros socorros, por mais desagradavel que fosse. Ao menos agora tinha certeza que o sangramento phavia parado. Esperou sair um pouco do meio da multidão e disse, baixo o bastante para que os dois ouvissem.

-Eram dois que me atacaram, um meio orc e o outro não sei nem se era homem ou mulher. - disse dando olhadas rápidas para trás – Não foi um assalto, realmente, foi uma tentativa de assassinato... Eu entrei no beco para aliviar a bexiga e devem ter me confundido com alguém... O nome Ward... Howard Ward lhes diz alguma coisa?

O olhar do anão muda, reconhecendo o nome, mas nada diz. Apenas resmunga:
- Vamos precisar mais dela do que eu pensei.

A tensão dos passos acelerados pelas ruas, e poucos curiosos que ainda os acompanhavam à distância (difícil dizer de qual dos três estavam atrás) logo dão lugar a um lugarzinho lúgubre.



Tinha pouca gente ali. Na verdade, era até de se estranhar ser frequentado por guardas locais, dados os olhares que recaem sobre o trio assim que entram.

A atendente, de expressão cansada, enganava nos traços da idade. Mas não o velho e truculento atrás de um pequeno balcão com apenas dois bancos, no momento um ocupado por um homem que propositalmente esconde o rosto num capuz ao ver a entrada dos três.

O anão leva Ward até a mesa, então toma sua mão e força contra o braço ferido, fazendo-o ver estrelas (ou querer vê-las, ao menos), e diz:
- Não saiam daqui, vocês dois. Vou trazer alguém pra cuidar das feridas. Ainda me devem algumas explicações. E é melhor que não tentem fugir, ou vou trazer tantos guardas pra caçá-los que não sobrará cidade pra se esconderem.

O tom de voz do anão era sério. Se fosse um blefe, ele era muito bom nisso.
Logo ele se afasta, passando uma rasteia num capaz que desaba entre duas mesas (pareceu proposital), sumindo na curva de um corredor que levava aos fundos.