Observadores - Lucious e Phillip!!

Dentro do cômodo, um pequeno quarto de fundos na taverna (o único cômodo fechado que Lucious percebeu até agora), assim que entram vocês deparam com uma mulher desmaiada bem no meio do cômodo.
Gimli se assuta e larga o prisioneiro, correndo até ela:
- Minha senhora? Minha senhora?

Assim que solta o prisioneiro, ele tenta se soltar, dando trabalho para Lucious sozinho.

O bardo sente uma imensa estranheza. Estava no quarto apenas a mulher desmaiada, mas haviam DUAS fontes de pensamentos distintas.

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Phillip se via num outro lugar, em outro tempo. Um "lugar" de sensações, todas e nenhuma. Não tinha sentidos como os conhecidos pelo homem, mas ao mesmo tempo captava todos os sentidos dos arredores, onde quer que estivesse.
De repente, pequenas bolhas vêm surgindo, vindo de lugar algum e passando perto de você, e algumas estouravam na passagem, liberando sons, e outras nuvens coloridas.
Então, uma delas estoura, e você "ouve" a voz de Lucious, o bardo que o acompanhava até pouco tempo.

Então, um turbilhão de lembranças, os últimos eventos, a emboscada no beco, o colar dos Ward...
E a CAIXA DE METAL.

Tudo não parecia um sonho. A sensação de um pesadelo antigo que insiste em espreitar pelos confins do subconsciente, e que sempre escapa por entre os dedos intangiveis da memoria após o despertar. Tinha a vaga sensação de ouvir um grito, talvez o grasnar de alguma ave, mas isso era em um tempo que ele tinha dificuldade para recordar. Ou teria sido agora há pouco? Os pensamentos mais simples eram evasivos e ele sequer tinha alguma ideia de quem fosse. Apenas era.

Sentia, ou sabia, que dançava em meio à uma penumbra suave, como nadar em aguas tépidas na escuridão. Sentiu um súbito disturbio, e a vaga lembrança de calafrios vieram à tona, juntos com o que parecia ser uma câmara subterranea e infinitos olhos escondidos nas sombras. Mas os olhos logo se tornaram pequenos brilhos sintilantes e agora se encontrava no abraço de uma nebulosa tempestuosa em meio à uma vastidão caótica.

Ele dilatava e contraia em espasmos irregulares e violentos, mas estava em paz. Sentia que sempre existira alí e alí sempre existiria. Reverberou com um disturbio disante que rompeu uma fenda em sua existencia. As estrelas e a nebulosa se agitaram em um turbulhão ao redor da ferida recém-aberta do cosmo. Dela começaram a sair ruidos, sussurros, como bolhas flutuando à sua volta.

Estendeu o que julgava ser sua mão, estourando uma bolha, e liberando nuvens coloridas que se misturavam à nebulosa, alterando suas cores. Outra bolha estourou, agora um som, uma voz. O nome Lucious lhe veio à mente. Uma sensação de familiaridade brotou em sua mente. Vozes. Uma confusa, do humano. Outra, apreensiva, do anão. Outra bolha pareceu pareceu estourar, dessa vez não uma das pequenas bolhas que saiam buraco em sua mente. Outra, maior, na qual ele se encontrava. Sentiu como se atravessasse uma pelicula e o amalgama de sensações se dissolveu deixando apenas frio. Puxou um ar inexistente, como se acabasse de emergir de um oceano metafórico e por um instante se lembrou quem era. Sentiu-se afogando novamente em torpor, mas se agarrou em seu próprio ego para se manter an superficie.

Do fundo se sua mente as informações voltavam, como se arremessadas em sua consciência, e uma caleidoscopio de imagens se moviam à sua volta. Estendeu a mente, com uma mão suplicante, na imagem que parecia ser a mais recente, na direção do homem que observava sua prisão. Tentou formar palavras, mas essas existem apenas no plano físico. Se concentrou, e por um momento se viu de volta em uma nebulosa escarlate e tempestuosa, em meio à um turbilhão de estrelas que se abriram como olhos. A presença opressora pulsava à sua volta, mas sua mente agora se encontrava verdadeiramente desperta. Estendeu a mesma mão figurativa para fora da caixa.

-Se alguém puder me ouvir, estou preso nessa maldita caixa!

Lucious se concentra por um instante no padrão invisível. No "pensamento que não era pensamento", e o segue até sua origem.
Mas quando suas mãos curiosas, mãos de bardo, se estendiam na direção do objeto caído, ouve a voz que deveria estar naquele homem, vindo do lugar errado:
"Se alguém puder me ouvir, estou preso nessa maldita caixa!"

Lucious vai rolar pra mim um save de Sabedoria (ND 20) que vai funcionar aqui como Iniciativa.

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De sua prisão, as manchas nas paredes do caixão de Phillip, onde estava aprisionado, voltam a mudar, largas negritudes tornando-se cores.
E quando mãos GIGANTES pareciam segurá-lo no ar, a voz de Lucious ecoa de algum lugar:
"Philip? Você está aí?"

O membro 'Lucious Corvinus' realizou a seguinte ação: /roll

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'd20' : 9

Código:

 Roll 9 + 5 = 14

Os dados me odeiam nesse rolador.

Spoiler:

O membro 'Felipe' realizou a seguinte ação: /roll

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'd20' : 7

Minha Iniciativa: 10

O Caos se instala:


Lucious observava a cena de canto de olho ao pegar a sinistra caixa, via Gimli tentar acordar a mulher, e esta, com um olhar frio, sacar uma faca, prestes a golpeá-lo sem aviso.
Puro reflexos, Lucious reagiu por impulso sem se dar conta, usando a própria caixa como projétil e atirando-a na mulher, como uma pedra bem certeira, impedindo-a de golpear o anão de surpresa. Mas tudo foi muito rápido, e assim que tocou a caixa, ouve gritos horrendos ecoando por todo o quarto...
Mas não era mais o quarto. Ou não parecia. Estava completamente deserto, sem porta ou janelas, senão as paredes frias do que parecia uma prisão.
E haviam inscrições por toda parte. E em alguns pontos, as "linhas" onde eram escritas se embaralhavam, dando um verdadeiro "nó" na cabeça de um pretenso leitor.
Além disso, sente como se o ar fosse frio, apesar de isolado. Tão frio que pareciam pagas fincando na carne.

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Phillip vê o ar mudar, e as cores sumir.
Uma dor no peito, a pior que já sentiu na vida, quando o ar volta aos pulmões. Mas.. QUE pulmões eram aqueles?
Você vê a si mesmo, seu próprio corpo algemado, rolando para perto da cama, apavorado.
Gimlirecuava, assustado, vendo a "clériga" se levantava tendo numa das mãos um punhal.

Havia um brilho nos olhos da mulher, mas não era como o calor acolhedor de antes.
Era sinistro, e assustador.

Off: A magia de Lucious, ainda ativa, revelava a presença de outros pensamentos:
1) Medo, vendo-se ameaçado por uma faca;
2) Medo, algemado e indefeso vendo uma luta começar;
3) Surpreso, livre de alguma "corrente" que o amordaçava - era Phillip;
4) Sem emoções, a mente envolta em estranhos cânticos e recitando repetidamente frases sem sentidos.

Lucious é capaz de "ouvir" os pensamentos, mas não de se comunicar.

Phillip, por sua vez, vê a macabra cena se desenrolar. Mas a estranheza de ver seu próprio corpo à sua frente era demais para a mente suportar. Pois então, QUEM seria ele próprio?

Phillip, save de Sabedoria, ND20. Se passar, age normalmente. Se falhar, perde o turno, atordoado.

O membro 'Philip C. Ward' realizou a seguinte ação: /roll

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#1 'd20' : 4

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#2 'd20' : 3

“Philip, você está aí?”


As palavras ecoaram por todos os lados, com um timbre metálico pelos infinitos olhos cintilantes que pareciam se fechar à sua volta. O turbilhão escarlate parecia sangrar e um odor férreo lhe penetrava os poros. Tentou se focar na voz, e uma bolha com a imagem de um humano se aproximando se formou, e logo estourou em escuridão.

O brilho esverdeado parecia lhe arder os olhos, como se nunca tivesse tivessem tido contado com a luz. A visão começava a focar, e então se viu à sua frente, algemado e assustado. Não seria a primeira vez, mas geralmente conseguia sentir os grilhões. Gimli recuava, igualmente assustado enquanto a clériga se erguia armada, prste a atacar alguém. No fundo de sua mente um crocitar confuso se manifestou.

-Ed? O que... - balbuciou confuso – Que diabos...

Sua cabeça parecia girar e o corpo não parecia responder de acordo, as proporções pareciam estranhas. Tocou o próprio rosto, como se tentasse descobrir quem era. Uma voz o chamara, tentava se lembrar de quem era a voz que o chamara.

Phillip:

Gimli recua, assustado olhando a clériga:
- Quem é você? Você não é Deanna.


Quando a "mulher" se levanta, seu símbolo sagrado pende do peito, e estranhamente racha ao meio, revelando algo diferente.

O Sol de Lathander racha e abre-se ao meio, coo se fosse um invólucro ao redor de outra marca:

Símbolo Secreto:

A "clériga" diz:
- Toda roupa um dia fica velha e deve ser jogada fora. Foi bom ser Deanna, e conhecer seus segredos. Agora é hora de ser outro.


Ela aponta a mão para o anão que, assustado, cobre o rosto de uma luz incrivelmente brilhante, em tom âmbar.

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Lucious:

Os cânticos/invocações ecoavam pelo cômodo fazendo parecer que ele era maior do que de fato é. E a ele se somavam outras vozes, pedaços de almas atormentadas.
Então, Lucious sente um arrepio, percebendo que se nada mudasse, se nada fosse feito, logo ele próprio seria um pedaço. Um fragmento.

Foi então, enquanto sua mente duelava contra o medo não só da morte, mas de desaparecer completamente da existência, que percebeu um estranho silêncio.
Havia outra fonte. Outra "pessoa" que sua magia captava a presença, mas dela, nenhum pensamento.
Um observador? Ou o verdadeiro morador deste covil de almas despecaçadas?

Um rosto sem pensamentos::

O membro 'Felipe' realizou a seguinte ação: /roll

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'd20' : 9

O membro 'Philip C. Ward' realizou a seguinte ação: /roll

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#1 'd20' : 20

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#2 'd10' : 7

O membro 'Philip C. Ward' realizou a seguinte ação: /roll

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'd10' : 2

O brilho âmbar ainda reluzia pelo quarto quando a mancha de escuridão corta o brilho, indo de encontro às costas da mulher, arremessando-a contra a parede.

Gimli se afasta, assustado, uma fina fumaça alaranjada saia de seu corpo como se o brilho tentasse queimá-lo.
Ele agarra Phillip... ou quem fosse aquele... pelo ombro levando-o dali:
Gimli: Venha, rapaz. Vamos deixar esta peleja para ele, que parece ter as coisas sob controle.


Phillip deixa-se levar, assustado... preocupado.

Mas PHILLIP ainda estava de pé no quarto. Uma situação que, se fosse outro, certamente sucumbiria à loucura.
Aos poucos, a mente do bruxo vai se adaptando, embora os movimentos ainda fossem duros, e o corpo, mais pesado que o habitual.
Edgar grasnava com sua voz preocupada, sons que apenas o bruxo podia ouvir: "Por onde andou?"


A conexão entre familiar e bruxo era maior que o elo corporal. Ele agora podia reconhecê-lo.

A mulher estava caída, uma forte concussão mista, pelo golpe ou pela colisão contra a parece.

* Do lado de fora, a cena era pitoresca. Não deu muita atenção quando Gimli se afastava, pois tinha pressa em apanhar seu livro.

A escuridão toma conta do quarto, criando uma "porta de sombras". De dentro nada se via, mas podiam-se ouvir sons tenebrosos de coisas rastejando.

No instante seguinte, a luz retorna... ou o que poderia ser entendido como "luz", ainda esverdeada. A pequena caixa de metal estava caída no meio do cômodo, brilhando fraca, mas o bastante para iluminá-lo. E num canto, havia o que um dia foi um corpo, completamente envelhecido e ressecado.

CLACK!!


O som duro era o do Anão que se algemava a um pilar. "Phillip" estava solto, e olhava sem entender, os pulsos marcados pelas algemas.
Gimli não tinha mais o brilho apagado da velhice em seu olhar. elo contrário, havia algo perverso ali.

Os olhos de “Lucious” se reviraram em um prazer sádico ao ouvir os sons grotescos emanando sutilmente de dentro da sala. Esperou que a porta se fechasse, mas outro som lhe chamara a atenção. Um som metálico de algemas se abrindo, e logo se fechando. Olhou rapidamente para ver seu próprio corpo confuso, e o anão com o mesmo olhar vil da sacerdotisa.

-Mas que merda é essa? – sussurrou pra sí próprio
Dissipou a magia de dentro da sala, apenas para ver um brilho esverdeado e um corpo seco, significando que Deana já havia partido há mais tempo que ele imaginava. Olhou para o anão, e em seguida para sí próprio. Esperava que as algemas fossem fortes o bastante para segurar o corpo de Gimli. Estava exausto e não tinha certeza de quem estava em seu corpo agora, e se estaria apto a segurar a criatura no anão.
 
-Quem é você? – Perguntou para “si próprio” em um tom misto de ameaça e confusão

Sentiu o Edgar se aproximando, provavelmente caminhando pelo telhado da taverna. Sentia o corvo inquieto, um reflexo de sua própria condição. Esperava apenas não precisar atacar o próprio corpo.