A Lenda das Montanhas Zen - Brandr!!

Brandr ficava cada vez mais enrolado no que pareciam "bandagens", seu corpo fica coberto por uma fina camada de... cinzas mortuárias.

O vento se reparte, abrindo um corredor de areias entre você e a figura de turbante, na porta do templo.
Estranhamente, você vê a guardiã do primeiro arco mover-se cada vez mais devagar na direção dele, o enorme vulto semi-visível, paralisado.

A voz que vem do invasor era calma:
- Você luta bem, Tabaxi. Talvez possa me ajudar... a AJUDAR Wong.

[Rolando insight nesse safado]

O membro 'Brandr' realizou a seguinte ação: /roll

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'd20' : 19

Intuição +7 = 26

Há verdade em suas palavras... mas de uma forma própria.

Um brilho tênue e alaranjado é tudo que Brandr pôde ver no fundo dos olhos do misterioso invasor, e a tempestade desaparece.
As areias, como o vento, somem no ar, devolvendo a calma àquele cenário.
Sem entender, a Tiefling, imitando sua postura, para em defensiva.

Brandr sentia-se estranho, um leve formigamento incomodava o corpo.

Ao se virar para correr, ouve a tiefling dizer da entrada do grande templo:
- Eu não sei quem ele era, mas parecia conhecer a sua causa. Seja como for, você ajudou a contê-lo. Vou levá-lo ao Mestre.

Brandr sente um cheiro estranho no ambiente... terra molhada. E ao longe, o som do vento das montanhas podia ser facilmente confundido com o de um violento rio cujas águas tudo varriam em seu caminho.

A guardiã não parecia entender o que dizia, ou tentava descrever.
- Possuído? Como assim?

Foi o máximo que conseguiu dizer.

Do Oeste surge uma figura conhecida, vinha correndo:
- ARF... ARF!! Você está bem, gatinho?

Era Jhor, que aparentemente concluía sua escalada num ponto mais distante do platô.
De certo, logo os dois acólitos também apareceriam.
Jhor se alarma ao ver a tiefling, e diz:
- Ahn!! Estamos todos bem por aqui?

A tiefling sorri, quase num tom irônico, e diz:
- Talvez vocês se surpreendam.

De frente para a porta, ela abre e estende os braços, num gesto de "ofertar", e diz em voz alta:

Em Untherin::

Uma sequência de vários estalos faz-se ouvir, e lentamente a porta começa a se abrir.

Percebendo sua situação, Jhor se aproxima e diz:
- Ponha-me a par, gatinho. O que foi que eu perdi?

Do lado de dentro, ao abrir a porta, hvia um salão GIGANTESCO, como um grande lugar de contemplação.
Ao centro, uma enorme estátua de um homem meditando, entalhada em pedra, e ao seu redor, todo tipo de presentes, flores, pulseiras e colares.
Uma vida inteira de pequenos presentes de seus visitantes.
E ao redor, por toda parte, haviam monges meditando na mesma postura.

Andando pelo salão haviam dois homens velhos, todos vestindo roupas sacerdotais, com o destaque de que tinham cordões vermelhos atados aos braços.
O mais velho dava alguns passos entoando mantras, sendo seguido pelo segundo, que parecia repeti-los... ou respondê-los.

Mas apesar da fala, a voz de ambos era imponente e ecoava pelo salão, pairava um silêncio avassalador por toda parte.
A tiefling para na entrada, e diz:
- Precisamos esperar. Se tiverem algo a resolver e conversar, façam agora.

[ops, malz a demora]

- Vocês tiveram alguma dificuldade, ou viram algo de estranho subindo para cá? Eu só achei esse cara estranho de areia quando cheguei aqui, mas pelo menos nos rendeu uma reunião com o Grande Mestre...

Os recém-chegados olhavam para tudo, impressionados com a magnitude do salão.
Um dos velhos vem até vocês, parando diante da tiefling, e os dois se cumprimentam com um leve aceno de cabeças.
Ela então se vira, dizendo:
- Este é Brandr, um visitante. Ele solicita uma audiência com o Mestre.

O velho se inclina para você, fazendo o mesmo movimento de se curvar feito à Tiefling.

O velho monge, que ao se endireitar pareceu ter crescido ainda mais, diz:
- Então, meus amigos viajantes, o que o grande mestre deste Mosteiro pode fazer por vocês? Sabem que é muito difícil conseguir uma audiência, e a espera é muito longa. Muitas vezes, ANOS!

A última palavra sai, enfática.

O velho mestre se vira caminhando em direção à estátua no meio do salão, e vai dizendo, embora os outros que o acompanhavam permaneçam ali, de olhos atentos aos recém-chegados.
Ele diz:
- Ah, Wong não vem destas terras, mas a elas trouxe PAZ onde não havia. Ele foi escolhido pelo destino, e aceitou o chamado, construindo um lugar para chamar de Lar, e reuniu pessoas sem chão para chamar de Irmãos. Mas então a Guerra para a qual foi forjado o alcançou, e o chamou às armas. Então Wong usou sua maior arma... a PACIÊNCIA.

Ele para diante da estátua, encarando os olhos, e segue:
- Mas o Inferno não aceita renegados. E quando lhes dão as costas, ou se mostram mais fortes que seu poder de tentação, é que os demônios se atiçam, e dançam nas sombras da vontade forte, perturbando seus sentidos e provocando sua calma.

Ele se vira:
- Wong esteve aqui a algumas dezenas, em busca de iluminação. Eu só posso dizer a vocês o que disse a ele. Ele pode escolher enfrentar seus demônios com a força dos punhos, ou aceitar sua primeira escolha, de não deixar que lhe perturbem. E isto os fará persegui-lo pelo resto da vida. A escolha era dele.. como interferir será uma escolha de vocês daqui pra frente. Se acham que o mal está além da capacidade de Wong lidar, e que ele esteja se perdendo.

Jhor se espanta com sua decisão, e diz:
- É claro que vamos interferir, rapaz. Se Wong está pinel, é porque não está mais conseguindo conter o mal que tenta extrapolá-lo. Eu me preocupo se ele perder de vez o controle e atacar as pessoas, como eu já soube que aconteceu.

Ele então se volta para o velho, dizendo:
- Por acaso sabe que tipo de demônios ele está enfrentando? Ainda estamos falando em metáforas? Ou ele de fato trouxe algo com ele quando mergulhou no inverno pra ajudar esse grupo de desajustados?

O velho suspira, e caminha lentamente entre os alunos contemplativos.
Um silêncio, que pareceu uma eternidade, tomou conta do salão.
Até que ele finalmente volta a falar:
- E qual a diferença entre demônios falsos e verdadeiros?

Pela expressão de Jhor, o anão ficou confuso.

O velho sorri, calmo, e diz:
- Então, Wong estará em boas mãos.


Ele leva as mãos às largas mangas da túnica, assumindo uma postura solene, e dobra-se numa reverência a Brandr. Parecia aprovar a resposta.

Então, continua:
- Nada nubla mais o julgamento de um homem do que o medo. E andar entre os demônios trouxe o pior de Wong. Isto e algo poderoso escondido bem perto de seu santuário. Vão precisar de ajuda. Vão precisar de... BARDUK AMARKILL. Ele encerrou a maldição com seu selo de poder. Só ele pode abrir para que o mal seja combatido e, nas suas palavras, "dobrado, ou afugentado". Mas vão ter que tomar cuidado ao lidar com o General. Wong não é o único enfrentando seus demônios nestas terras.


Ele tira da manga um pequeno pedaço de papiro, um talismã, e nele haviam inscrições, textos escritos numa linha tão fina e em letras tão pequenas que todo ele parecia um só desenho.
Ele segurava entre os dois dedos, indicador e médio. E Brandr sente uma forte energia espiritual emanar do pequeno talismã.
Ele diz:
- Convençam o General a mostrar-lhes "O Outro Wong", que vive onde ele escondeu o Trapo. Mas não vai ser fácil nem convencê-lo a ajudar, e muito menos vencer este "outro Wong", ou enfraquecê-lo o bastante para o talismã funcionar.

A tiefling  se vira em reverência para o coletivo dos alunos, mais precisamente para uma mulher que se aproximava. Suas roupas eram diferentes das dos outros alunos no salão. Eram azuis em sua maior parte, com detalhes em vermelho.
A tiefling diz, olhos baixos em reverência, uma palavra numa outra língua (Unterin). Mas era uma palavra muito difundida entre os monges, não era difícil conhecê-la:
- Irmã!!