Terreno Arriscado: More!!

More se afasta de HeavenLake, e vê o general... ou o Trapo... ir direto à prefeitura.

Seu caminho o desvia para mais além, nas montanhas, onde algumas barracas abrigavam um grupo de elfos lendários. Mas um pesado silêncio toma conta do ambiente, sobretudo quando More se aproxima.
Ainda estavam de luto.

Num pequeno platô rochoso onde uma construção era conduzida, bem no meio de 3 grandes tendas, um elfo surge vindo direto em sua direção, até barrar seu caminho rumo ao grupamento:





Um elfo do Sol de olhar pesado, típico da sub-raça, agora o encarava.
E alguns jovens elfos que praticavam à distância param para ver, mesmo de longe.

* Olori querendo respeitar o luto comunica-se mentalmente com o elfo. *

" Hir Elda ( mestre elfo), que os ventos da mudança e da paz se estabeleçam novamente em seus corações."

* A feição do drow traz consigo cansaço, dor mas também a sinceridade em sua tez, Morë não é conhecido por se calar ou fazer jogos quando está a frente das coisas, direto, cordial e sincero. "

O elfo mantem a postura séria, respondendo em élfico:
- Mudanças demais para uma geração. A que vem, druida??

- Buscar um acordo para a justiça e para o equilíbrio com os filhos de Shevarash. Algum voltou?

A resposta desta vez vem na língua dos druidas:
- Nunca saíram. E se não sabe, enquanto o período de Luto não terminar, não haverão acordos. O "Acordo" é a não agressão declarada. Estamos em silêncio, respeitando seus afazeres. Peço que respeite os nossos.


Do patamar onde a construção era executada, More se vê observado por um pequeno grupo de 4 elfos. Eram sérios, e deixavam à mostra os pendantes do Caçador Noturno.
E para sua surpresa, vê entre os elfos carpinteiros um dos Martelantes. Kelbar (um dos gêmeos) andava entre os elfos, fazendo anotações num pergaminho.

* Continua falando em druidico, mas mentalmente uma vez mais*

- Respeito, por isso vim só e sem o ódio dos demais, filhos do Caçador, ou farsantes, mataram muitos drows e anões em emboscada, mas foram manipulados.

* Ele continua agora falando abertamente*

- Procuro a paz e o esclarecimento, mas o "Acordo" foi quebrado. Quando estiverem prontos para conversar, peça ao Martelante para nos avisar.

*faz uma pausa olhando para os filhos de Shevarash*

- Nai anar kaluva tielyanna... (Que o sol brilhe sobre seu caminho)

* Se o elfo nada mais disser Olori se vira e segue seu caminho para Jhael, em forma de águia para poupar tempo*

O elfo diz, agora em élfico:
- Se houve mentira e intriga,nunca foi um acordo. Também sofremos baixas, caso não se lembre. Também fomos enganados pela escória Demon´Fey. O Akh´Faer está investigando a extensão deste braço nefasto, e já mapeou as montanhas ao redor daqui. É questão de tempo até encontrarem seu covil, ou seus portais. Mas você deve saber que runas de Myth Drannor foram encontradas.Então as respostas estão muito mais distantes do que desejamos, e muito mais perto do coração da ameaça.


Ele se vira, e diz antes de se afastar para junto dos outros:
- Cuide da sua estrada, druida. Jhael tem perigos próprios pra você sair por aí chamando novos para si.

*continua em druidico, e acena positivamente para as informações compartilhadas*

- Hir Elda, compreenda o que vim fazer aqui e não faça julgamentos equivocados. Não estou buscando criar intriga, estou buscando a paz. Notou em algum instante ameaças em minha fala, mestre?Trouxe um questionamento que vai além do que meus humildes olhos perceberam, e só poderemos pensar juntos.

* continua em élfico *

- Se houve mentiras e falta de honra às leis, não serei eu a ser o magistrado, não é meu papel. Enfim, o próprio Shevarash esteve conosco na batalha, então existe muito mais em jogo. Repito, quando estiverem prontos para conversar, e caminharmos juntos, avise ao Martelante.

O elfo guarda silêncio, apenas sustentando o olhar.

- Assim seja.

*avança para Jhael*

Pairando pelo ar, o druida voa em direção ao distante acampamento em meio à mata.
De longe, Jhael estava silenciosa, tomada pelos sons daquela estranha noite.

Do alto, More avista uma tenda diferente. Tinha runas bordadas em seu tecido, e na entrada estavam dois Martelos das Almas.
Clérigos, em vigília.

Ainda do alto, poucas pessoas saíam de seus barracões. duas fogueiras apenas entre as tendas.
Em algum ponto afastado havia uma fogueira maior, de onde pareciam vir vozes e falação.

Alguns dos rostos perscrutados à distância:

Jegred, Nizana, Miryma, Boblin, Ruby, e outros 2 drows que More não reconhece.
Haviam outras pessoas, algumas comendo, outras apenas se aquecendo ao redor da fogueira.

* Olori vai descendo lentamente e silenciosamente sobre o assentamento, enquanto faz um reconhecimento da área e procura escutar algumas das falas dos presentes, até descer próximo a tenda dos anões. *

Uma vez no chão, haviam outras pessoas nas sombras do assentamento. Rostos obscuros e pesarosos.
Ao vê-lo, os Martelantes os saúdam, e um deles diz, olhando para dentro:
- More está de volta, senhor.


Com passos vascilantes, de dentro da tenda surge Ral, acompanhado de Ila. O anão estava sério, e a anã, preocupada.

"AAAAUUUUUUUUUUUUUUUHHH!!"

*arrepia-se reagindo ao uivo, cumprimentando os guardas com uma ceno de cabeça e pergunta aos anões*

- Quem ?

* o rosto do drow é sério, provavelmente mais sério que o de Ral, as experiência passadas tem deixados marcas profundas em Morë, mas ele ainda busca manter a ternura em algum espaço em si, colocando a mão sobre o ombro do anão e olhando-o como quem avaliasse seu estado físico, mas sabia que dentre todos ele provavelmente é quem emocionalmente estava mais perturbado, mas contraditoriamente quem mais era digno do posto de cuidador. Mais pesado é os ombros daqueles que guardam os demais. *

Ral parecia cansado. O último dia parecia tê-lo envelhecido anos, um misto de esforço e preocupação.
Ele andava com dificuldade, apoiado numa bengala de madeira, e diz, olhando para a mata:
- Ele está fazendo isso há horas. De vez em quando se aproxima. Quase podemos ver o anão por trás do monstro. Depois ele foge. Todos nós fomos ao limite e voltamos... não... Fomos muito além. Por onde andou, senhor drow? Pensei que tinha morrido com os outros.

- Eu morri. - responde de forma séria olhando pra mata por um momento- Mas, eu pergunto sobre quem está dentro da cabana.

* Ele olha Ila por alguns instante, olhando nos olhos dela, em seus olhos de fogo, enquanto espera a resposta de Ral*

Ila diz, o ímpeto apagado:
- Todos morremos um pouco.


Ela deixa Ral e se afasta da tenda, indo para um aglomerado de pequenas cabanas.

Ral diz:
- Shar... e Dipfein... e Dorín... e Álak... e Ral... e Uli... e Jhork... e Svan...


Ele se vira e entra, ainda dizendo nomes.

- Quem não voltou, mestre?

*acompanhando-o por um momento, Harsk já teria sua companhia, se pudesse faze-lo. Olori pensa em Dragão e Algoz, seus companheiros mais antigos, sentia tanta falta deles como dos demais amigos, talvez um pouco mais.

Ao passar por um dos guardas, ele para virando-se e falando de maneira cordial apesar da tristeza e do semblante sério.*

- Pode me fazer um favor? Chame Varla, por obséquio.

Do lado de dentro da tenda havia um pequeno altar com velas e incenso. E diante deles, estava Wong. Estava sentado e em silêncio, e parecia meditar.

Diante dele, vários bastões de madeira com nomes entalhados (alguns de pedra) traziam os nomes da baixa.
Mas o mais sinistro ficava por conta de uma "estátua" em tamanho real... de Shar.

Ral: Algoz está em Boven, num acampamento de lobisomens. Dragão está nas montanhas com Heror e o elfo arqueiro. Ildan ficou pra ajudá-los.

*sussurrando para não incomodar Wong*

-Lobisomens? Espero que ao nosso "lado". O elfo arqueiro?Han.

* Quando levanta os olhos e ve Shar, seu coração aperta ao ponto de perder o ar por um leve momento, imaginando a dor de Arduliel ao ver a amiga assim. Erel estava estraçalhada, os tempos eram duros, e ele não poderia esmorecer, não ainda, era preciso manter-se em pé, por todos aqueles que se foram. POr Shar que acreditava tanto em Jhael e na Erel, por todos seus amigos que foram massacrados naquela guerra odiosa. Era por isso que fora conversar com Shevarash, não podiam seguir em guerra.

Ele lê os bastões em voz baixa, honrando-os em seu coração e fica sentado ao lado de wong por alguns minutos em silêncio.

Após algum tempo se nada acontecer, levantará e chamará Ral para fora da tenda.*

Ral Exclama:
- Kostith Phalar!! (* Coveiro na língua drow)

*Olha para Ral, buscando compreender o significado do que o anão disse, apesar de se sentir um pouco um coveiro. Mas olha ao redor tentando se aperceber se na verdade ele estaria avisando sobre a chegada de alguém.*

Ral observa em silêncio, um instante que durou horas, antes de continuar:
- O que aconteceu com vocês?