Enquanto Esperamos - Finn!!

Durante os rápidos preparativos de partida no encalço do ladrão do templo, cuja aparência e direção só foi possível discernir pela intervenção direta de Torin Escudo de Ferro, que "emprestou" ao grupo os "Sentidos Divinos" por um breve instante, permitindo que enxergassem além das barreiras e limites físicos.

Finn, como a mente mais poderosa do grupo, não demorou a adaptar-se à mudança nos sentidos, mesmo tendo durado tão pouco. Mas isto não diminuía a preocupação.

Já se sentia um peixe fora d´água, e agora até mesmo Torin parecia guardar ressalvas com cada um ali. Finn não entendia o que acontecia naquelas terras. O caos da guerra parece ter entortado até as mentes mais sãs conhecidas.
Tudo parecia retorcido.

Finn sente um estranho peso no corpo. Uma estranha tensão crescente, como o enrijecer de músculos que aumentava a cada instante.
No instante seguinte, tudo escurece, roubando-lhe os sentidos. E então, quando a fraqueza crescia junto do enrijecer, que começava a se transformar em dor, um frio anormal toma conta do espaço, mergulhando Finn numa profunda e intensa escuridão.
era mais do que etérea. Era uma escuridão sólida, que parecia engolfá-lo, tentando aprisioná-lo.

Finn tenta manter forte a sua mente e tentava compreender o que estava acontecendo ao seu redor para conseguir reagir da melhor maneira e me proteger daquela escuridão arrebatadora.

Sentia a escuridão abraçá-lo, como mergulhar em areia-movediça. Sentia as sombras agarrando cada parte do seu corpo, constringindo, a ponto da própria respiração ficar entrecortada.
Cada golfada de ar era dolorosa... até que um brilho, tênue e distante, corta a escuridão.
A "Massa" de trevas começa a tornar-se mole, e conforme o brilho se aproximava, o peso ia se desfazendo, até que seu próprio corpo ia ficando cada vez mais leve.
Mas então Finn tem a sensação contrária, a de uma leveza indescritível.
E quanto mais o brilho se aproximava, mais leve se sentia, como se os sentidos fossem desaparecendo, tornando-se uma percepção não material da escuridão ao redor.

Era como "Ver a luz sem os olhos".

Desta vez Finn fecha seus olhos e foca sua mente dentro de seu interior e tenta entender o que poderia ser tais presenças. Logo em sua mente vem um dedução, algo a pensar. A escuridão é o mal, a presença de Bane tentava contra minha vida e agora a luz é a bondade que veio me salvar, mas meu Pai, segundo Torin não irá intervir, então de quem é tal presença. Finn acreditava que ao usufruir dos poderes divinos de Torin, algo lhe fez ser notado e talvez ainda estive se manifestando nele.

Então, ainda de olhos fechados Finn pergunta: - Obrigado por salvar-me. O que posso fazer para retribuir?
Pode se revelar?

Uma voz suave, nem calma nem agitada. Vazia de sensações, parece vir de todas as direções. Suas palavras pareciam perdidas. Sua frase, incompleta:
"... o Meu Sol! Onde está?"

Finn vagarosamente abre os olhos e então responde: - Não sei quem procura. Seu Sol?

Se conseguir enxergar algo observa atentamente.

Ao longe, nas trevas daquela negritude, Finn distinguia um leve contorno humanóide em meio à luz.

E então...

BUMMMM!!!

Com um solavanco, sente o corpo ser jogado em todas as direções, batendo contra prováveis paredes, até que luzes começam a surgir aqui e ali, iluminando o vazio.

Finn tenta se proteger como pode das pancadas e quanto o local fica iluminado, tenta olhar com mais clareza o que estava acontecendo. Não conseguia entender o que estava havendo.

Finn se vê pairando no que parecia o espaço entre os mundos.
Mas... já esteve ali. Há muito tempo, longe da consciência material de seu corpo.
Será que foi o que aconteceu? Cercado de inimigos intolerantes, teria sido alvo de uma tocaia?

Finn paira pelo ambiente tentando se lembrar da época do ocorrido e como conseguiu sair. Olha atentamente cada detalhe ao seu redor e "aproveita" a chance que lhe foi dada, se assim poderia dizer.

O cosmo parece se agitar, o brilho de estrelas ao redor se espalhava cada vez mais.
E de repente, a sensação do elfo era a de estar nadando num lago frio e escuro.
Então, uma textura incomum. E se vê em pé sobre nuvens nebulosas esparsas no espaço.
Literalmente, caminhando entre as estrelas.
Uma sensação indescritível.

Mas aquele brilho inicial ainda pairava. estava lá, como um sol distante.
E a voz que repetia:
"... sol. O meu sol. Onde está?"

Finn segue na direção do brilho e da voz, então responde ou pergunta: - Quem é seu sol? Posso ajudar a encontrar?

Quanto mais perto do brilho, mais estranho se sentia.
Era como se estivesse preso mum mar tenebroso, e ao mesmo tempo repleto de estrelas.
O brilho cada vez mais próximo. A voz cada vez mais poderosa:
"Meu Sol!!"

Muito longe, um brilho poderoso surgia de uma enorme mancha de escuridão.
Era como ver o sol nascer de trás de montanhas imponentes... exceto... que não eram só montanhas.
Era um PLANETA inteiro.

Apesar da sensação incomoda de se sentir preso, respirar com calma e continua seguindo para proximo do brilho e observa a cena com calma e admiração.

Volta novamente sua atenção ao ser de luz e pergunta: - Eu sou seu sol ou é aquele nascendo atrás do Planeta! O que me fez ser trazido até este local, não consigo compreender...

"Eu vejo o sol... o MEU Sol..."

Finn sente um forte impacto, como se algo adentrasse nas profundezas de sua mente.

No instante seguinte, sente-se sufocando. Golfões de água pareciam tentar afoga-lo. Mesmo que estivesse no espaço, longr de qualquer fonte de água. Lago, rio ou mar.

O brilho parecia ser um sol, um segundo sol, indo de encontro àquele que nascia.
E quanto mais se aproximavam, mais voce se afogava.

Finn tenta prender sua respiração e voltar a conectar-se com a sua mente e voltar a sua realidade. Força seu corpo para levantar e se afastar daquele brilho.

Preciso voltar a minha realidade... Finn respirava com calma e cautela quando voltava do afogamento, tentava aos poucos se conectar novamente em sua realidade e sair daquele possível efeito aos poderes divinos de Torin.

Finn se vê, estarrecido, diante da seguinte imagem:

Finn só tem uma reação, parar e observar... Será que chegara a sua hora de partir para Arvandor e viver ao lado de seu Pai Corellon. A única coisa que passava em sua mente era rezar para Corellon. Estava diante do Cosmo e aquela visão era espetacular, mas ao mesmo tempo assustado pelo tamanho poder que surtia sobre mim.

Finn paira sem palavras, e a forma paira, observando.
Era como um encontro de forças.
Finn ficava cada vez mais confuso.
Cada vez mais preocupado de onde estava

Finn então tenta dizer algumas palavras em élfico: - Olá! Sou Finn Goldpetal, elfo de Evermeet em Toril. Muito prazer.

Caso não haja uma resposta tenta em dracônico as mesma palavras.

Estava além de preocupado com medo daquela enorme força.

Uma enorme "nuvem" de escuridão parte do peito do enorme ser... na verdade, era seu braço, que tinha o tamanho de mais de 10 vezes Finn.

E a mesma voz:
"Eu perdi o meu Sol há eras atrás. E agora vivo na sombra de um homem, sem poder conhecer ou me expressar... sem poder SER."

Divagando, a poderosa entidade diz:
- Eu já fui um Sol. Eu já TIVE um Sol. Mas desde que fui despedaçado por mim mesmo, esqueci muitas coisas. Esqueci meus nomes, perdi meus poderes. Hoje eu sou apenas uma consciência viva. Uma sombra do Caçador de Deuses... ou de Gurag.