Despertar - Finn!!

Finn recobra a consciência, a perna ainda latejando e imobilizada. Levaria um bom tempo para recuperar os movimentos.
Não tinha certeza, mas parecia estar em uma espécie de hospital. Haviam cortinas e biombos separando vários leitos, e Finn estava em um deles, despido de suas vestes senão pelas calças.
Numa mesinha ao lado da cama havia um jarro de barro com água, uma vela acesa e, ao lado, um pequeno frasco com um líquido amarelo brilhante.

Havia alguém em pé aos pés da cama, mas estava oculto pelas sombras.

Finn senta na cama, olha o pequeno frasco e tenta identifica-lo, pega um copo d'água e então olhando para a sombra diz: - Já lhe notei escondido nas sombras. Porque não se mostra. Tenho certeza que se quisesse me mal já o teria feito, pois sei que desmaiei por um bom período.

A voz fria de Nym vem, mas não parecia dali. parecia estar ao seu redor.
- Se eu pretendesse me esconder, nem os deuses me veriam, elfo. Me surpreende você ter entrado e saído daquele túmulo de cidade e ainda ter ajudado Adria a tirar mais algumas feras de sua prisão.

Finn bebe o liquido do frasco e depois diz: - Não sabia o nome daquela bruxa maldita, mas o que Kendra trouxe para cá agora?

Ao beber do frasco, Finn recorda que o próprio Nym tinha o costume de beber aquilo.
Seu corpo parece queimar por dentro. O líquido, no início neutro, torna-se incrivelmente ardido, como se fosse fogo em estado líquido.
Se contorcia, e quando parecia prestes a convulsionar... Tudo para.
Seu corpo parecia amortecido, a dor havia desaparecido por completo.
Mas Finn estava encharcado de suor. Ems egundos, era como se todas as possíveis toxinas que o infestassem fossem expelidas pelo suor.
Na cama, vermes se contorciam, minguando e queimando até as cinzas.

Olho ao redor procurando Nym... Caso não veja, me levanto e procuro por meus pertences. Analisando com extremo cuidado tudo dentro da mochila. Finn não desconfiava de Nym, mas o mascarado sumira enquanto todos descansavam... Algo importante poderia ter sido levado.

Por fim num sussurro... - Obrigado Nym! Preciso do nome para usar o feitiço e encontrar o que foi solto por Kendra!!!

Nym estava no mesmo lugar, escondido nas sombras.
Nas cortinas ao lado estavam seus pertences, ao lado da cama vizinha onde jazia um homem degolado.
- Quando decidir carregar o fim do mundo na bolsa, ao menos tenha a decência de deixá-la com alguém de confiança quando for se meter numa das suas furadas.

As únicas coisas que faltavam ali, além de algumas frutas, era o Dragão-fada e a semente ariana.

Finn remove aquela calça rasgada e puxa de dentro da mochila um conjunto novo de roupas, mas agora com cores em tom esverdeado, calça suas botas, veste o manto, coloca seu cinturão e prende sua espada na cintura e por último coloca a mochila nas costas.

- Então Nym, o que lhe traz até as montanhas de Cormyr. Outra coisa... Obviamente você sabe que seu irmão salvou o templo de Corellon em Waterdeep, mas infelizmente Bane causou sua morte, entretanto preciso encontrar uma forma de ajudar Katrinna, pois ela não aguentará mais tanto tempo a manter as defesas no plano Astral.

Nym não esperava. Finn o alcançaria já na entrada do casarão que servia de hospital à vila, e a julgar pelos olhares de outros curandeiros ali, em outros leitos, não precisava ser um gênio para saber que viram Nym fazer... bem, o que Finn sabia que Nym era bom em fazer.

Deixa o corpo do soldado para trás, torcendo para que não fosse um dos homens de confiança de Barduk, não queria mais confusões com o general.

Do lado de fora, o Sol raiava o início do entardecer.
E pra piorar, Nym não estava em parte alguma.

Antes de sair, Finn procura com Kendra e Orin, para ver se a mesma estava melhor, para só então seguir.

Finn apenas olha para o soldado e então segue seu caminho em direção aonde os apanhadores costumavam permanecer, pois precisava de ajuda para as novas informações coletadas.