Convergência - Barduk, Henri e More!!

Os chicotes enroscam na asa dobrada, impedindo que se abra por completo.
O corpo da criatura se agita, levantando-se de uma vez e atirando um pedaço largo sobre os Magos. No topo do corpo alto e negro como piche abre-se um par de olhos roxos e brilhantes, que fitam o drow causando um grande desconforto.
Os Magos se assustam, e os anões param de gritar para se proteger de mais pedras.

Natali se levanta, ajudada por Sig que empunhava a espada de modo defensivo.
Sig diz:
- Quem diabos é Uriath? Que espécie de aberração você e Michael conjuraram?

* Segura firme a criatura *

- Zach nos apresentou alguém que era responsável por um culto a um ser chamado Filho das Estrelas! Michael começou a estudar esse marco, e invocou "isso" "

*respira fundo observando a criatura*

- E Uriath foi quem deixou essa adaga conosco! Barduk acabou de me enviar a mensagem que repeti pra vocês .

*O Drow avança sobre a criatura com a adaga em mão, aqueles olhos, pareciam os de Uriath, ele relembra a mensagem, buscando algum ponto específico que faça analogia a uma fechadura, algo que faça sentido para que a "chave funcione" e achando ou não atravessa o estranho corpo da criatura, e torce para que não esteja cometendo um erro.*

- Revele o que esconde, e liberta o que é por nós! Que seja uma chave para o equilíbrio e não mais entropia para estas terras.

A cada passo de Olori em direção à criatura, mais sólida ela se torna, e mais finos os seus traços, apesar de completamente escuro e opaco.

Então uma voz incomum, ecoando em sua mente, e More percebe um semblante élfico se sobrepor à criatura, que não era um único ser, mas DOIS:
- Primeiro me clamas, para então tentar me matar com meu próprio instrumento. Que honra é esta que demonstra a um convidado?

O vento esfria, as pedras tornam-se poeira, criando um turbilhão circular ao seu redor, prendendo a si e à criatura no vórtice.
Um efeito climático peculiar, mas More se vê ser envolvido por um vórtice de poeira.

- A mesma honra que merece quem fere aqueles o convocam, ou diz que não é responsável por isto?

* quando percebe-se preso o druida prefere manter a calma, uma criatura poderosa como a que acha estar lidando, se o queria ali, teria capacidades de mantê-lo, não gastaria suas possibilidades a toa, não ainda. Mas olha pra figura com atenção, aquilo com certeza o lembrava de Uriath. A adaga ainda em mão.*

A figura imponente arqueiros as costas para tràs... E começa a rir:
- HAHAHAHAHAHAHA!!!

Presas de prenunciam na boca, as feições, cada vez mais duras.
A aura de poder aumenta, e More se vê diante de algo completamente diferente da calma de Uriath.
Quem... O QUE quer que fosse, era forte.

Sig e os outros gritavam fora do círculo:
- MORE... SAI DAÍ, SEU LOUCO.

Vários pontos de luz despertam do céu... celestiais, não tão grandes quanto aqueles que guardavam o Filho das Estrelas, mas igualmente poderosos. E havia um... único entre os outros... vários pares de asas.

O céu não era apenas claro. TODO o firmamento... Era pura luz celestial.
Uma hóstia celestial inteira responde o brado da criatura, armas de luz em punho.

Se duelassem ali... NADA RESTARIA DE BOVEN, OU DE TODA A REGIÃO.

Quem quer que fosse aquele ser... atraiu a atenção dos maiores guerreiros celestiais.

*Aproveitando o momento de relevante distração da criatura, Olori coloca a adaga na boca e pula em direção ao ser, impulsionado pelas asas da armadura e transformando em worg/lobo ele dá um bote.

O drow buscava impulsionar-se o mais rápido e forte possível, estocando a criatura da maneira mais precisa que conseguisse.

Havia tentado dialogar e descobrir se aquela criatura poderia ser algo diferente do que parecia anunciar, ou seja, problemas, guerra, perigo! Todavia, ao que parecia não existia disposição para aquilo, os céus haviam descido contra e a única chance naquele momento que via para não transformar o todo em nada,  era agir.

Apesar de todo mistério que cercava Uriath, não o achava um inimigo, e com certeza aquela adaga não estaria a toa ali, ou Olori havia entendido tudo errado e todos os seus amigos tinham sido enganados, mas talvez a criatura que tinah se dado o nome Uriath, esperava que um dia aquele ser fosse convocado, e precisasse ser confrontada com aquela... pequena adaga.

Um ser que mantinha-se escuso, escondido, esperando o momento de ser trazido de volta ao mundo, e manipulando os jogos e as pessoas. Eles próprios tinham sido peças no tabuleiro, não via então outra alternativa que não fosse usar o que havia sido deixado e atravessar a porta que estava diante de si. *


(off, as asas mantém-se na forma animal)

Um bote furioso e selvagem, o "worg de asas" salta contra o ser, e imediatamente atinge o chão às suas costas.
As sombras que pareciam rodeá-lo também serviam de pequenos portais, e sem qualquer aviso fizeram com que More passasse diretamente às costas da criatura, agora diminuindo de estatura, até tornar-se um "homem" alto e imponente, exceto pelas enormes asas vermelhas abertas completamente em suas costas.

As sombras escorriam por todo corpo, inclusive do flanco de More, que a sente como uma carícia gelada e arrepiante.

Mas os sentidos mostram algo diferente ao redor. Entre as poucas pedras que não se desfizeram em poeira haviam corpos caídos.
O faro revelava, não tinha dúvidas, Michael, inconsciente, e Uriath, se levantando, usando as próprias asas como impulso para livrar-se do peso das pedras.
Quando o rapaz se levanta, dá um "tapa" no ar com ambas as asas, e as fecha ao redor do corpo como se fossem um manto avermelhado. Seu semblante era calmo, usava a mesma forma élfica presenciada inicialmente pelo outro ser, exceto pelos cabelos loiros quase alvos e olhos... amarelos.

Como se imitasse os movimentos do rapaz, o outro envolve-se da mesma maneira pelas asas, dando alguns passos na direção oposta, o círculo de cinzas o acompanhando. Agora, na forma de elfo-demônio, o Fey´ri, cuja aura de ameaça só crescia, diz olhando para os celestiais, mais especificamente pelo de várias asas:
- Aqui eu me calo, Celestiats, se for uma vez mais deixado em paz. Não queiram ver do que sou capaz se eu for irritado. Não queiram ver o fim de outro Reino por me provocar.

O estrondo de trovões ecoava pelo céu, apesar das luzes celestes que tomavam (ou cobriam) toda a região.
Mas uma brecha no firmamento celestial, na forma de um colossal relâmpago de fogo, corta os céus, e por um instante More tem a sensação de perceber um discreto fraquejar na presença dos celestiais, que só se recompõe quando o trovão se dissipa.

Quem quer que fosse aquele ser, os celestiais não pareciam dispostos a lutar, simplesmente, mas contê-lo de alguma maneira.

Neste momento, Dorín, que havia se esgueirado por baixo do círculo de sombras, se aproxima de Michael e, tomando-lhe a mão, diz, aliviado:
- Ele está vivo. Melhor sumirmos daqui. Isto não é pra nós.

More sentia raiva... frustração... medo... perigo... proteção... tudo ao mesmo tempo.
Não era apenas o Plano Material que ali se manifestava, mas o próprio Plano Celeste parecia se chocar com o mundo que conhecia.

*acena positivamente para Dórin, e faz um gesto que sme dúvidas diria," o tire daqui! " .

Olori com certeza não iria querer lidar com aquela luta naquele momento, ja se metera demais, mas e Uriath?

Ele da alguns passos na direção do "fey´ri" olhando-o curioso e esperando algum tipo de comunicação. A criatura invocada não estava prestando atenção no drow mesmo com seu bote frustrado, afinal quem era ele perto daquela potência toda, mas evita chamar a atenção pra si, e mantém o foco em Uriath, esperando que ele se manifestasse*

Um a um, os celestiais dão altos saltos, a dezenas de metros, nos céus, transformando-se em grandes pontos luminosos, até sumir nos céus.
Mas o ser de várias asas permanece, a lança em punho. Não parecia disposto a tolerar a presença do Fey´ri, e um duelo de mentes tem início, olhar contra olhar.

Dorín sinaliza de volta como dizendo "que tal uma ajudinha?", mas Uriath é quem parece receber o aviso, e se abaixa ao lado do mago, amparando-o.

No mesmo instante, as cinzas no ar afinam e se espalham ao vento, e a figura imponente do fey´ri torna a minguar, voltando a ser o rapaz moreno, de pele pálida e de olhos azuis e intensos.

Com um sorriso, ele parece voltar de um de seus longos transes, colocando as mãos nas costas do mago e dizendo:
- Ele só está adormecido. Demos de cara com ele na travessia. Não esperava que duas aberturas fossem feitas.

Dorín não parecia confiar no rapaz, mas ali não havia escolha. Os outros magos se juntam a vocês.

"como é que um anão não conseguiria carregar ou arrastar um humano franzino dali?"

* Voltando a forma drow pega em sua bolsa rapidamente uma quantidade razoável de ervas e com o cabo da adaga esmaga sobre seu joelho, formando um pequeno sumo que faz Michael cheirar e tornar a acordar, se aquilo não obtivesse sucesso, os magos teriam seus meios mágicos para agir e sair dali! Forçando um sorriso no rosto olhando o "fey´ri" estranho ele diz num tom preocupado. *

- De volta "garoto", não sei se fico feliz com tua presença visto a situação... Precisando de alguma ajuda?

Uriath diz:
- Eu perguntaria o mesmo, mas acho mais prudente sairmos daqui.

O outro fey´ri olha para Oeste, e exclama:
- Drows?? Humm! Isto merece uma visita.

Chamas explodem ao redor, fazendo o fey´ri desaparecer.

Uriath exclama:
- Pobres drows.

Bem, ele saiu antes. Mas acho prudente agora, um pouco de explicação sobre o que está acontecendo?

Off: Michael reagiu, mas ainda não despertou. Está exaurido.

On:
Uriath diz:
- Pra resumir, deixei a chave com você pra abrir a passagem pelo Plano Astral depois que cruzei o portal. Bem, não esperava que demorasse tanto a abri-la, então tive de recorrer a outros meios, e no processo encontrei um velho fey´ri tentando voltar. Dédalus é poderoso e incontrolável. O que ele decidir fazer, ele VAI fazer. Só tem uma coisa que ele odeie mais do que drows, e são clérigos de Mystra, além da própria.

Diante do comentário, Nataly fica visivelmente alarmada.

Dorín diz:
- Já ouvi falar deste Dédalus, se for o mesmo. Encrenca grossa. Ele quase destruiu uma cidade inteira na Costa da Espada, e dizem que os Escolhidos de Mystra fizeram feitiços específicos contra ele por toda Waterdeep.

- Acabamos que a usamos logo agora e logo com essa figura, preciso ir até ele e faze-lo mudar de ideia. Não terei tempo de ir sozinho até lá? POde me enviar pra Jhael antes que ele mate a todos?

_ Há algo que possa me colocar em vantagem? Algo que possa faze-lo mudar de ideia?

Uriath põe a mão no seu ombro e diz com um misto de distanciamento e, talvez, frieza:
- Não o desafie. Deixe-o julgar seu caráter à maneira dele. Você, nem nenhuma força que eu conheça, pode vencê-lo. Ele não matará inocentes, pode ter certeza. O que não quer dizer que não machuque muito as pessoas em seu caminho.

Sig se antecipa, tomando o lugar de Uriath para levar Michael de volta à vila, ajudado por Dorín.

O jovem fey´ri se perde olhando ao redor. Parecia chateado. Ele diz:
- Se quer alcançar Dédalus, corra. Não disponho de técnicas tão avançadas de deslocamento quanto ele.

O último brilho corta o céu, quando o anjo de várias asas enfim salta para o firmamento, e o céu recupera a cor (e o brilho) normal.

* O druida respira fundo...um pouco mais aliviado*

" se eles não morrerão, eles poderão lidar com o fey'ri."

- Voltarei a Jhael de qualquer forma, preciso lidar com algumas questões antes de alguns compromissos. Mas antes, podemos conversar? O que o aflige?

*faz um sinal para Alak, reunir o grupo para partirem em breve, com os mastins e Algoz. *

Uriath diz:
- Não gosto da destruição de Dédalus. Somos muito diferentes quanto a isto.

O rapaz faz um gesto, e pedras vêm rolando até o local, reunindo-se às antigas.
More percebe pequenas criaturas negras empurrando e rolando as partes do marco, e conforme vãop se aproximando umas das outras, vão se desmanchando numa massa indefinida, que vai aumentando e crescendo.

Sig olha por cima do ombro com reprovação, enquanto Natali olhava aterrorizada para todo o ocorrido.

* coloca a mão no ombro do fey´ri*
- Não te conheço bem o suficiente para dizer muito sobre ti, mas prefiro agradecer ao que já fez por nós.

Mas preciso de algumas informaçoes e entender o que enfim está acontecendo. Quem era o velho, pra onde fomos mandados, e o que vocês tem a ver com essa Historia de Filho das Estrelas, enfim... um pouco de luz nessa confusão.

*estende a adaga com a ponta virada para si msm, devolvendo-a*

Ele pega e guarda a adaga na bolsa, dizendo:
- Um velho mestre de um culto antigo. Mais antigo, ouso dizer, do que os próprios Reinos dos Homens. O Filho das estrelas é uma presença imponente... bem, desta você experimentou um pouco, bem como a força necessária para mantê-lo adormecido. Como Dédalus, ele se calará enquanto assim desejar. Mas é um viajante, e quando acordar, irá embora deste mundo.

As criaturas e suas formas amorfas começam a se empilhar, e pouco a pouco um marco vai ressurgindo, reconstruído de suas partes.

E Você Uriath, o que está fazendo aqui? Qual teu papel neste teatro? Não veio por um acaso, trazendo drows fugitivos e esbarrou em nós, quem és?

* Olori fala calmo, mas tava na hora de entender um pouco mais do que estava acontecendo. Começa a arrumar suas coisas e olha para a tropa, esperando que estivessem prontos também. *

Uriath vê o marco se reconstruir, os pequenos seres negros se desmanchando para tornar-se a argamassa, dando o aspecto de um único bloco de pedra.
Enfim, ele diz:
- Gosto de sua desconfiança, Olori. Ela o torna previsível. Mas cuidado com ela, pois o seu medo o torna previsível.

Assobiando, ele mete as mãos nos bolsos, e a cada passo sua forma vai ficando mais franzina e humana, caminhando para fora do cemitério.
Natali corre para alcançá-lo, querendo saber mais sobre Dédalus e seu desejo pelo fim de Mystra.

* Olori volta a Erel, parte sem Dórin para Jhael e espera que o acólito siga pra lá depois de seus deveres com Michael. Passando por Boven, chama por Algoz e segue para Jhael, se nada mais o interromper, esperando que Dédalus tenha percebido um local diferente das cidades de Underdark, e se encontrou espiões drows, n faria mal em te-los extirpado, não queria mais sofrer incidentes em Jhael e fragilizá-los ainda mais. Sabia que a comundiade para sempre seria assolada por problemas, mas a constância devia diminuir com o tempo, dando chance de fortalecer suas almas.*

Na continuação, vamos direto para o tópico de "1 mês".

Pontos de partida:
Barduk: LakeHeaven;
Finn e Henri: Boven;
More: Jhael;