Flores por toda parte!!

Henri se apavora vendo de longe More dobrar com um tranco violento, sumindo na multidão. E com o mesmo sorriso desdenhoso, o "elfo" que o enfrentava se afasta.
Você não vê o drow em parte alguma, e uma voz élfica sussurra em seu ouvido, trazida por alguma magia:
- O General, Henri. ELE é o seu objetivo.

Barduk vê More cair e sumir, e o "elfo" se afastar tranquilamente. A situação se agravava.
O halfling de olhos perversos brincava de "roda" com as crianças, enquanto seus pais assistiam a tudo divertindo-se com a cena.
O inimigo deu o primeiro passo, e a desvantagem só aumentava.

Balançando a cabeça da confusão, tantas vozes lhe falando que a sua mente não conseguia se concentrar.
"O que fazer?", "Quando fazer?".

Em milésimos de segundos fechando os olhos para ouvir a sua própria mente lhe falando, já havia perdido o Drow de vista, mas já tinha o visto em combate e ele sabia se defender muito bem, mesmo tendo um inimigo mais poderoso!
Ao abrir os olhos como quem acorda de um sonho longo e com um semblante mais sério que o de costume.
Vou indo em direção ao General, com passos firmes e a mente mais aberta e confiante.
- General, Olori já saiu do recinto, não consigo encontra-lo.
- Mas acredito que sua segurança é mais importante no momento, lembresse que você é a Alma deste local e agora esta como capelão, você é mais importante, se você cair quem protegerá este local?

Depois de perder More de vista foi a vez de Sibyl desaparecer. Barduk receava o pior quando avista, afastados dali, More sendo carregado por outro rapaz. estava desacordado.
O general vê ainda a garota no rastro do "elfo", que agora caminhava rumo às festividades.

More, que tinha a situação sob controle depois de imobilizar o elfo da floresta sente uma forte pancada na nuca, por muito pouco não perdendo os sentidos, mas atordoado tempo suficiente para ver, frustrado, o elfo se afastar, sumindo na multidão.
Quando dá por si, sente o aperto forte de Finn puxando-o para longe. Podia ver o chão faiscar, formando pequenas inscrições que serpenteavam para todos os lados, desaparecendo de vista.
Raiva e frustração se misturavam, voltando a si carregado por Finn na direção dos homens de Barduk.

Finn sente o drow relutar, voltando do desmaio, e com um sussurro trazido pelo vento ouve a voz do Fey´ri que o ajudara dizer em tom urgente:
- Saiam da multidão AGORA. Ou muitos vão MORRER. Norte!!

Henri para ao lado de Barduk como um soldado que aguardava ordens, e só então se pergunta: "Ordens de QUEM?"

Barduk vê Gork e Damora ladeando a multidão, "observando" enquanto seus soldados se misturavam, vigiando.
Apesar de tudo, Alastor e os nobres pareciam completamente alheios ao perigo que os cercava. A discrição estava funcionando, mas até quando?

O halfling perverso, no meio da brincadeira, sopra o rosto de uma menininha, que cai desmaiada. Ele ri, e outras crianças também riem, pensando que ela se cansara de tanto brincar. Mas sua mãe, preocupada, vem pegá-la nos braços, e a expressão preocupada logo se espalha entre outras mulheres, que vinham na direção das crianças.
O chão faiscava como areia brilhante no ponto onde as crianças brincavam, e onde agora as mulheres entravam, inadvertidamente.
a sensação de alerta aumentava cada vez mais. Agora eram inocentes pisando num terreno enfeitiçado, fosse qual fosse seu efeito.

Finn sem soltar More e com ele apertado em seus braços observa e vai saindo em direção Norte como indicado. Olha para o drow com o semblante fechado dizendo: - Fique quieto ou lhe farei dormir novamente. Não é hora de lutar drow. Há centenas de vidas inocentes e aquele "elfo" não estava de brincadeira. Você não conhece a força destes seres e eu nunca iria erguer minha espada entre tantos inocentes e causar inúmeras mortes, pois eles sim fazem isso com imenso prazer. Pense com mais cautela antes de agir...

Off: Felipe... Na postagem anterior a intenção já era sair do meio da multidão. Só falei com o guarda pq estava na forma humana e pq More é um membro do grupo de Barduk.

Observava atentamente a mobilização das tropas, agora com mais calma, mas a visão daquelas pessoas felizes e animadas poderia ser quebrada por alguma coisa.
Olho pra Barduk tentando analisar sua expressão e voltando ao público procurando por More e falando de canto:
- General, sei que quebrei uma ordem, mas um dos elfos solicitou que eu lhe protegesse!
- E vendo a situação daqui agradeço, pois você é mais importante vivo do que.... E sem o protetor desta região!

Alastor, Barduk percebe, nota o tom estranho na fala de Henri, mas nada deixa transparecer aos nobres que o acompanharam. Eram eles:
* 4 Cormyrianos;
* 2 Dragões Púrpura, recém chegados do Castelo do Penhasco;
* 3 ricos mercadores, sendo 2 montanheses e 1 vindo do Vale Profundo, o primeiro dos Vales após as montanhas;
* 2 casais de embaixadores de Semeia, enviados para se assegurar da segurança daquela Rota.

Quando Henri quase dá com a língua nos dentes depois de todo esforço para manter as ameaças em segredo, Barduk chega a prender a respiração temendo o pior. Mas Alastor, negociador astuto, fala das magníficas Minas sob Gauntlgrym, um tesouro arquitetônico de outrora, despertando a curiosidade dos nobres em sua companhia.

Barduk, pouco acostumado a adular, se vê numa saia justa. E justamente agora que precisaria da língua certeira de Óin, foi dispensa-lo para investigar a estranha movimentação.

*Ele respira aliviado por um segundo, apesar do ódio que crescia em si, acreditando que havia dado um passo positivo e quando virava-se para falar com o elfo e avistar os demais, num passe de mágica a visão fica turva e a figura abissal torna-se esmaecida até sumir em meio a diversos borrões, uma cena que pareceu durar horas acompanhada de calafrios e um dor estonteante atrás de si...

Os olhos piscaram, o drow não aceitava cair, respira fundo e compreende o que aconteceu... 

Fora traído, o que nunca esperara de um elfo, um golpe tão traiçoeiro e que desperta uma ira enorme no drow, as mãos ameaçam puxar a adaga presa a coxa, ao ouvir as palavras do elfo, o estômago se revira a raiva só aumenta, mas percebe que a criatura nojenta que o carrega tivera um motivo para aquele ato... 

O drow, de volta à suas faculdades, arrasta rapidamente a perna para o lado diverso do passo do elfo, fazendo-o afrouxar o aperto contra o peito, e ao mesmo tempo desfere-lhe um soco em cheio no saco de Finn, buscando sair de seu julgo.

Acertando o elfo deixa-o sentir sua dores, cospe no chão em sua direção e se afasta do mesmo, sem lhe oferecer palavra alguma.

Olhando para os lados vê e Henri e Barduk aglomerados ao lado de várias pessoas que pelo vestuário e traços pareciam ser estrangeiros ricos além dos próprios nativos do reino. 

Percebe-os tensos, ao menos já perceberam então o que estava acontecendo, mas o que fazer? Precisava de Barduk, precisava de conjuradores para descobrir que feitiço era aquele! 

Olori olhava a multidão e o aglomerado de pessoas, tremia por dentro de raiva por ter deixado aquela criatura fugir, mas o que fazer agora, sem o caos gerar uma tragédia?

AHhh Será que a porra do Elfo era cego e burro ? Não teria visto que o Druida apesar de confrontar a criatura abissal estava procurando fazer tudo de forma escusa? Porque não ajudou de outras formas? Espada, pra que espada ?

Precisava tirar Barduk dali, precisava de mais aliados para lidar de frente com aquele poder! *

- Barduk! Daín precisa de você. Agora !

* o druida grita de onde estava, esperando que ele não pedisse mais explicações e volta-se de novo para olhar a multidão, buscando divisar os inimigos*

*O anão assistia as peças se movendo e tentava se antecipar a próxima jogada, mas não podia prever as peças ocultas, que surgiam e sumiam como se sua mente lhe pregasse peças. Mas sua intuição lhe apontavam algo pior, aquilo era só distração e o drow e o elfo pioravam ainda mais a situação, não podia dar-lhes um belo tapa nas fuças e nem mandar que parassem o que quer que fosse. Precisava agir, mas o que estaria oculto? qual peça do tabuleiro ainda não havia se apresentado? Mas o que seria? ou quem seria?*

-senhores, queiram me dar licença. Parece que antes de um anão acostumado aos prazeres de boa companhia, comida e bebida eu sou um Capelão e o dever me chama.

*olha diretamente para o Lorde, pensando que este tivesse entendido que algo não estava certo*

-quem sabe nosso querido anfitrião queira fazer as honras e levar estas pessoas tão ilustres para experimentar a boa comida do norte em um local mais reservado, prometo me juntar a vocês assim que descobrir o que Dain quer comigo. Meus homens ajudarão os senhores a andar pela multidão.

*Sem esperar respostas o anão segue na direção do drow e do elfo*

''Pai esteja comigo, não abandone seus filhos a própria sorte''
*Barduk faz sinal para que seus comandantes venham até ele. Ao se aproximar da dupla lhes fala de modo não agressivo para não piorar a situação e baixo, o mais próximo possível deles*
-se larguem vocês dois, poderiam ao menos disfarçar esse amor enrustido. Vejam sob seus pés, há magia, há algo oculto, invisível e aquele halfling está alimentando isso tudo, apesar de mal, não é ele o centro disso tudo. Não sei dizer o que é, mas está abaixo de nós, talvez se...*uma pequena pausa* - nos uníssemos para dissipar essa magia, mas isso causaria alvoroço. Somos o alvo do que quer que seja e não estou disposto a pagar com outras vidas por isso.

*Aguarda seus comandantes chegarem e lhes fala em sua própria língua*
-há algo errado. Vêem aquele Halfling? juntem alguns guardas prendam-no sob alegação de terem o avistado furtando. Levem-no daqui, prendam-no e coloquem nos grilhões dentro da cela deixe guardas e depois de prendê-lo se reportem a mim, tentem não causar tanto furdúncio, apesar de ser normal encontrar ladrões nestas festas não quero acabar com o espetáculo e causar pânico.

*volta a falar em língua comum evitando e diminuindo a voz sempre que alguém se aproximar*
-temos de nos afastar da multidão e descobrir se o que está atrás de nós ainda está nos seguindo

* ignora a chamada de atenção de Barduk o ódio que nutre o coração do drow havia de esperar e ele se foca no que é certo*

- É lógico que há magia aqui, foi por isso que te chamei. Consegui por alguns instante imobilizar um deles, mas... * engole em seco * Temos seres abissais aqui, um mal que não conheço ainda, não sei há alguma relação com Yngloth ou mesmo com os seres que Kotah enfrentou ao salvá-lo *referindo a Finn*.  Talvez estejamos enfrentando uma possibilidade de descrédito em relação aos elfos, vinculado à sua volta. 

-Existe muita magia ou poderes profanos sendo conclamados aqui, um círculo mágico como o que já realizamos uma vez seria o mais indicado... Se conclamarmos mais uma vez magias, as pessoas poderão pensar que não se trata de nada além de mais um show, todavia se queremos discrição nada melhor do que alguém criar uma distração do lado oposto enquanto fazemos nosso trabalho. 

*o drow continua falando baixo, mas não olha para os dois enquanto isso, o olhar se mantém direcionado à multidão, não para de "vigiar"*

-Mande seus guardas chamarem atenção do outro lado, procuremos uma uma tenda, ou algum abrigo de onde possamos nos reunir com mais discrição. Convide os seus com poderes mágicos, talvez possamos de alguma forma lidar com isso.

*ele se ajoelha pegando um pouco de terra nas mãos, ainda sem desviar o olhar da multidão, numa prece discreta*

- És ti mãe, a resposta e a salvação.

Vendo que Barduk sairá da saia justa, virando aos Lordes e cavaleiros, faço um movimento com a cabeça e sigo ao lado do anão.
Escutando atentamente o que More falava.
- Que tal pedir para o grandão Gutz demonstrar sua força, isso chamaria a atenção.
- Em questão mágica posso ajudar, minha habilidade mágica é limitada, mais pode ajudar, ou qualquer coisa posso ficar responsável pela proteção de vocês!
- E mais uma coisa que tal ir pra um pouco mais longe desse belo festival.

A voz era baixa para que apenas Barduk e More escutassem.

Off: Da mesma forma como não deixei que a ação de Finn se prolongasse, o mesmo vale pra More. Noto que há a intenção de Finn arrastar o elfo dali. Ao menos é o que me foi passado.

On:
Mesmo conseguindo se colocar de pé, More ainda se via prisioneiro de mãos fortes e assustadas. O disfarce fora desfeito pela confusão, de modo que Finn era novamente Finn aos olhos de todos, e Barduk percebe imediatamente que, ao reconhecer o elfo, o halfling perverso se assusta, olhando ao redor e falando alto em tom lamentoso para si mesmo: "MERDA! Ele ainda está vivo!"
Então o pequeno halfling dispara a correr, sumindo entre as pernas de um grupo de foliões com agilidade monstruosa.
O General percebe a tensão crescente entre elfo e drow, precisaria intervir antes que se ferissem. Olhando ao redor, busca a presença de Sibyl. Talvez ela conseguisse acalmar o drow... mas não a vê em parte alguma.
O caos estava formado. Tinha que tirar todos dali o mais rápido possível.

Henri vê alguém em pé sobre uma alta sentinela, e diante da confusão ele aponta para a briga entre o drow e o elfo, de modo que podia ver algumas figuras encapuzadas convergir na direção da dupla.
Percebe que uma caçada estava em curso em meio à multidão, e não tinham mais controle algum da presença de inocentes ao redor do grupo, de modo que era uma questão de tempo até que algum inocente viesse a se ferir.

Finn e More já não conversavam, afoitos como estavam, confusos e sem entender as razões um do outro, pareciam mais dados à animosidade. More tentava se soltar ao mesmo tempo em que Finn tentava arrastá-lo.
Presos em seus próprios problemas, não ocorreu a nenhum dos dois simplesmente dizer ao outro por que agia daquela forma, e o que estava em jogo. Parecia uma simples disputa de quem era o mais forte, mas aos olhos dos expectadores, era vergonhoso ver tamanha algazarra.

Como uma fala solta no ar e olhando para a figura e voltando a visão para os briguentos!
- Que merda de confusão!!!

Olhando para Barduk.
- General, vou dar um jeito nessa confusão, se vocês me dão licença.

Com um abaixar de cabeça e tronco, tentando chamar a atenção de Barduk através de sinais que olhasse para a grande sentinela e quando levantando chego bem próximo do anão e falando baixo apenas que ele escutasse.
- Há uma caçada acontecendo, fique atento!

Com isso, me dirijo o mais rápido possível para onde estavam os dois tentando não chamar muita atenção e me escondendo sobre a multidão!

Chegando nos dois, segurando firme o braço dos dois com uma expressão séria e falando num tom normal mais firme.
- Por favor, vamos festejar e não brigar, se o quiserem os levarei lá pra fora!

Agora baixo apenas para os dois.
- Estão perdendo o que tem nessas cabeças? Ou o cérebro de vocês viraram orelhas!
- Vamos junto comigo lá pra fora, o general que pediu ou vocês querem matar essas pessoas! (neste momento começo lentamente a encaminhar os dois brigões para onde Finn estava tentando levar More.
- Só mais uma coisa, e acho que já perceberam, há uma caçada e vocês são o alvo!

Enfim, a ordem parecia alcançar os ânimos. Tomando as rédeas da baderna, Henri leva a dupla que, aos olhos de fora, pareciam dois desordeiros, em direção ao portão do Forte, aberto e dado às festividades.

O Lorde se despede de Barduk junto dos demais, mas seu olhar deixa claro ao general que teria de se explicar.

O general não consegue perceber os sinais de henri, pois a confusão era enorme, e tinha muito em que prestar atenção até que tudo se acalmasse. mas Henri não vê a figura da sentinela. Ou juntou-se à multidão ou algo havia mudado.

Enfim, e depois de muitos olhares confusos, Barduk chega ao portão do forte onde Henri, ainda segurando Finn e More pelo braço, o aguardava. Gork o acompanhava, enquando Óin e Damora mantinham a atenção no público do festival. Depois do sumiço do halfling, nada mais aconteceu, a menina acordou de seu desmaio tranquilizando as mães, e tudo não parecia ter passado de um susto.

Gutz se exibia para um grupo de garotas camponesas que dava atenção aos guardas. Uma cena pitoresca e bem comum num dia de festividade.
Enfim estavam longe da multidão.
Enfim podiam conversar abertamente.

Finn escreveu:OFF: Para mostrar q alertei More.
Finn se aproveita da extrema agilidade adquirida por suas habilidades de bladesinger e caminha rapidamente até More. Ao se aproximar envolve um dos braços na suas costa e diz: - Não faça nada More. Sou eu Finn... Apenas venha comigo.

Vou puxando More e então em voz normal: - Vamos beber um bom vinho elfo. Meu senhor pediu para lhe acompanhar e lhe servir uma refeição digna de heróis...

Finn apenas olha para Henri e diz: - Solte meu braço por favor, pois o drow aqui já está a salvo e acabou ajudando que eu fosse descoberto. Para quem se diz tão diplomático... Agir lançando magias em meio ao público e quase causar a mortes de crianças, pois aquele fey'ri iria mata-lás se eu não tivesse lhe detido. causando a morte de inocentes... Isso por si só já é um grande absurdo. Além do mais, eu conheço minha força e minhas limitações, também lhe alertei para me seguir comigo, mas você queria combatê-lo.

Finalmente Finn olha para Barduk e diz: - Me desculpe, mas não posso continuar junto de drow que não pensa em suas atitudes e que não escuta alguém com experiência que só pensou em lhe auxiliar. Agradeço pela ajuda e proteção aos itens que retirei de N..., entretanto irei seguir meu rumo. Obrigado também por pensar em me ajudar com minha espada.

Finn vira as costas e segue caminhando em sentido Norte como o Fey'ri lhe havia dito.

*Barduk fica sem entender as mudanças repentinas no tabuleiro, as peças se moveram mais rápido do que seus olhos puderam acompanhar, talvez de alguma forma tivesse sido enfeitiçado. À fala de Alastor, apenas acena com a cabeça e quando houve as indagações e comentários do drow e do elfo fica atônito, o que havia perdido ali?*

-quer ir, vá elfo, não sou babá de ninguém, estas pessoas precisam de protetores com colhões e bondade no coração e não de egocêntricos vivendo de fama.

*O anão olha com olhar de reprovação ao Druida e ao meio elfo e volta pra junto da multidão dando algumas ordens para Gork que o acompanhava*
-avise Damora pra ficar alerta, Há fey´ris aqui e algo se move no subterrâneo, não sei o que é mas não podemos simplesmente evacuar a área, vou circular a multidão e garantir que nada mais aconteça

As festividades prosseguiam sem alardes, os perigos logo se tornavam lembranças ruins. Exceto por um ou outro meio-elfo, habitantes de terras humanas, não havia mais sinais de elfos ou fey'ri em parte alguma. Barduk segue aliviado, e aos poucos as faíscas iam sumindo em meio à areia rochosa. E quanto menos dela avistava, mais o general voltava à tranquilidade.

Do lado de fora, o trio permanece sem entender. Henri parecia ter agido certo, mas os ânimos voltam a mudar da animosidade ao desdém.
De algumas árvores, parte uma revogada de pássaros.

Dragão enfim alcança o drow, e long e dali Algoz, que estava deitado na sombra de uma macieira, se limita a erguer a cabeça, resmungar e voltar a deitar.
Logo em seguida, um foco deslocado de nevoeiro dá lugar a um grupo incomum. Um homem usando armadura de grossas cascas de árvore, um halfling de sobrancelhas grossas e esverdeadas (Grassbrow), um homem vestindo uma descomunal armadura dourada cujo elmo parecia a cabeça de um Dragão, um jovem com feições de terras distantes, de além dos mares do Sul e duas lindas mulheres vestindo túnicas de viagem.

Finn segue um pouco mais, então se lembra de Jynx, que ainda estava no Forte. Não podia abandona-lo.

Barduk retoma os afazeres, sempre saudado e celebrado. Mas logo a fadiga começa a alcanca-lo. Passava pouco do meio-dia, mas tinha a tarde tomada de afazeres. Sabia que era questão de tempo até os curadores o encontrarem, e o general passar o resto da tarde trancado em seu gabinete repleto de afazeres.

* o druida cospe no chão quando o elfo sai, num sinal de quem quer espantar o mau olhado.

Ignora o olhar de reprovação de Barduk, ele mantinha o entendimento de quem fez o que devia, e foi atacado pelas costas por uma criatura odiosa. Mas a preocupação com o que tinha acontecido ali era maior, mas Finn... havia ganhado um inimigo. Não seria ali, mas uma hora, pagaria por seus atos.

 Morë continua a investigar o tempo todo, buscando sinais da presença dos grupos, buscando Sybil e Algoz para ajudarem junto com Dragão.

Olha para Henri e se pronuncia. *

- Vou buscar saber o que ocorreu aqui, vem ?

*O druida começa a conjurar detectar magia e busca compreender qual ação aconteceu ali, e se nada conseguir, irá assim que possível, buscar algum conhecimento literário sobre os Fey'ri, e seres extraplanares abissais que tomam formas e seus poderes de conjuração. *

Cada um tentava retomar o bom clima do festival, lidando com seus próprios demônios. E de um jeito ou de outro estava conseguindo.

Finn, fora do forte, se distraíamos com seu navegador. Um lugar improvável,  um momento incomum, e era como se os deuses lhe agrárias sem com uma razão para sorrir e se distrair neste dia tenso, quando percebe uma sombra sem dono passar por si, indo em direção às colinas.

Henri vira de costas e corre atrás de More, sem entender o que o drow, montando um lobo, tentava gesticular.

More pensava para cruzar a multidão sem contar com a magia do elfo, e ainda atrapalhado por ela, pois assim que dele se desviavam, era na sua frente que eles entravam, pareciam enfeitiçados.
Então,  num feito impossível sem ajuda mágica, ele dá um salto imenso, indo parar acima de um cocho. Mal pousava, usa o próprio impuso para dar um segundo salto, sacando uma espada curta com inscrições que brilhavam incandescentes,  salta e aponta a lâmina para a frente, um assassino veloz, e seu alvo era...

Barduk espumava de raiva da situação, e o que seria recebido como uma brincadeira cai como um insulto provocativo, uma tentativa daquela criança de desmoraliza-lo na frente de sua tropa, e estava se saindo muito bem.
É quando os sentidos do general mudam. Todo o ambiente, a música, as risadas, se calam.

Gork saca a espera e avança em sua direção.
Damora corre e agarra a criança pelos braços,  um gesto bruto, fazendo a criança chorar.
Alguém da um grito, e o general vê Henri correndo da multidão, apavorado.
Na mesma linha surge More montando em Dragão, igualmente amedrontado e apontando para algo.
Quando o general capelão segue a indicação, o sangue chega a gelar, pois do alto de um cocho, impulsionado por algum feitiço ardiloso, um elfo ruivo voa em sua direção, as duas mãos firmes numa espada que, como se disparada por uma flecha certeira, vem do alto caindo em cheio sobre o alvo.
Sua mente, tensa e assustada, sente o aço frio da lâmina atravessar o peito.
Cada respiração tinha o peso do último suspiro.
Cada batida do coração tocava a lâmina fria em seu peito.
O sangue quente encharcada a camisa.

As pessoas ao redor gritam.
Damora corre dali com a criança nos braços.
Gork estava mais pálido que o habitual.

A exaustão da ferida levam instintivamente as mãos ao peito.
Não havia ferida.
O último suspiro vem... seguido de outro, e de outro, e vários outros.
A lâmina fria estava a centímetros de seu peito, fazendo o ar sangrar. Tinha inscrições elficas que brilhavam intensamente. E então diminui de brilho. E então se apaga.

Barduk vê o ar turvar à sua frente  e tornar-se escuro, do tamanho e forma de um grande elfo com uma horrenda cicatriz sobre o olho.
A lâmina surgia do peito, a expressão incrédula, e tudo que o sinistro elfo consegue balbuciar é... "desgraçado"

Com um puxão violento, o elfo ruivo se afasta do general e seu quase algoz, que deixa uma adaga de cheiro forte cair.
O elfo assassino arqueia com a violência do tranco, espirrando um filete de sangue Grosso no rosto do general, e se desfaz numa fumaça negra de cheiro forte.

A tensão retorna. Barduk sem perceber se tateava, assegurando-se de realmente não ter sido esfaqueado pelo assassino.
Gork o segura pelos ombros, e gritava nervoso:
- VOCÊ ESTÁ BEM? NÃO ESTÁ FERIDO??

Damora solta a criança mas não se aproxima. Estava nervosa.

Seus guardas vinham de várias direções. Ladeavam e cercavam o elfo aguardando ordens.

O elfo gira a espada, atirando o sangue negro do assassino no chão, antes de embainhar a arma.
Então ele ergue as mãos, um sinal claro de rendição.

*uma criança chora, soldados gritam mas o som não entra em seus ouvidos, um gole de cerveja fica preso a garganta enquanto o corno vai ao chão derramando o que restava do líquido em seu interior. Os olhos vidrados não enxergavam nada, a mão paralisada no cabo de sua maça e uma gota de suor de parecia ter levado a eternidade para rolar de sua testa. Foi tudo muito rápido, sem chances de defesa. Quando seu corpo consegue reagir a cerveja presa a garganta se faz voltar numa tentativo desesperada do anão poder respirar. Tateando seu corpo percebe não ter sido atingido, mas a dor em seu corpo era como se mil facas tivessem perfurado seu peito. O peso de suas conquistas começam a aparecer, entre pessoas tão ilustres Barduk era o escolhido para morrer. Os segundos para voltar a si pareciam horas e então reconhece Gork a sua frente e o som volta e encher a sua cabeça. Sem responder e praticamente atropelando seu comandante o anão vai até o elfo e quando todos pensavam que o general iria lhe derrubar com um único golpe, sua mão se estende em um cumprimento tímido. Estava trêmulo e teimava em se manter de pé quando suas pernas queriam lhe por ao chão. Só agora percebia que mesmo em meio há 300 soldados estava sozinho, ele era falho, sua guarda era falha e o forte ainda era falho. Este seria apenas o primeiro? quantos mais viriam? Os boatos começavam a se tornar verdade, uma verdade dura e traiçoeira. Erguendo os olhos na altura do elfo e apenas uma palavra com a voz embargada pôde ser ouvida pelos mais próximos*
-obrigado

* Drow e lobo derrapam quase trombando com os demais. 

Enquanto Gork para na frente de Barduk gritando, sacudindo o general, o druida impulsionado pelo tranco das patas tentando parar é arremessado , mas ao invés de cair atabalhoado no chão não é mais drow que está ali e já o worg. 

O worg-druida-drow tinha os pensamentos fervilhando, analisando a situação em milésimos de segundo. 

Tudo era um jogo de poder, tudo trazia uma miríade, o demônio, os jogos de invisibilidade... dois grupos se enfrentando meio ao festival, e nós sem informações. 

Ao ver o elfo correr, primeiro a curiosidade, depois a apreensão, o medo, o desespero, eles haviam deixado de lado, mas a paranoia do druida-drow não o deixava estar quieto, sabia que ainda existia algo ali... 

Parecia o anjo da morte, literalmente ela vinha dos céus... Tal qual a ave de rapina a trazer o fim para o roedor...

Mais uma vez, a impressão, a inversão. Alívio.

O worg não ia para o elfo, mas buscava uma vez mais sentir o odor do "enxofre", buscava os cheiros dos inimigos, do perigo, da morte...  *

Quando começo a correr sem entender os gestos do Drow, até que vê o que era a morte certa do General, com os olhos arregalados e correndo o máximo que seu corpo e seus músculos lhe permitia.
Não podia deixar que aquele elfo o matasse, começando a frear pois quase esbarrava em dragão e abraçando o lobo como quem pede auxílio para frear, com a boca aberta engolindo qualquer animal pequeno e voador que ali havia, a aparição daquele outro elfo, salvando o General da morte certa.
Não percebe quanto tempo ficou com os olhos arregalados e paralisando junto do lobo, sua mão acaricia o lobo, mas não sabia o que fazia, e falava baixinho pra si:
"Calma, calma..."
Mas o susto era tão grande que seu corpo tremia como uma copa de árvore quando sente a brisa do vento, não sabia o que fazer, o que dizer, apenas lembro-me de fechar a boca e caminhar para mais próximo do General para ver se estava tudo bem, e quando percebe está do lado do Drow transformado, onde também para com a mão sobre os pelos das costas.
Um último suspiro de alivio e de tensão ao mesmo tempo, não sabia diferenciar!

O elfo de maneiras incomuns parece exitar por um instante, então retribui o aperto de mãos de Barduk.
As pessoas ao redor começam a aplaudir a "entrada triunfal" do elfo, por si só algo raro nos dias de hoje, pareciam não ter-se dado conta da ameaça que acabaram de enfrentar.
Barduk reluta com um pensamento, ainda recuperando as forças do susto. O inimigo era muito superior a qualquer horda de orcs, ou a qualquer xamã. Precisava de informação para lidar com eles, e por mais que relutasse em aceitar, Finn era a melhor fonte, pois o elfo, apesar do ego, tinha experiência ao lidar com este inimigo poderoso e incomum. Livros levariam tempo, e consultar fontes ocultas de informação poderia trazer mais deles até você, ameaçando as pessoas que tanto lutaram para proteger.
Como se lesse seus pensamentos, vê o elfo entrando na multidão, conversando aos sorrisos com um rapaz de tapa-olho. A sorte era que Finn era alto para um elfo, e se destacava fácil na multidão.

More-worg e Henri, lado-a-lado, buscavam por sinais de mais ameaças. Mas a multidão, sem entender, provavelmente, exceto por um ou outro olho mais atento, pensou tratar-se de um show acrobático, parte das festividades. O perigo não se alastrava entre os corações, mas ainda assim sabiam que não estavam fora de perigo.
Um assassino invisível foi derrotado. mas onde estará o outro?
Henri vê de relance nas roupas do elfo, ao cumprimentar o general, um broche em forma de folha, o mesmo usado pela figura enigmática que tentou alertá-lo do perigo. De alguma forma, aquele elfo sabia o que estava por vir. Mas como?

O elfo diz com a expressão leve, não rígida como a do combatente que acabara de assassinar um Fey´ri diante de uma multidão e, de alguma forma, fez parecer uma apresentação. E só deu certo porque não havia corpo para espalhar o pânico. Pelo contrário, seu olhar passava calma, algo de que o general precisava urgentemente.
O elfo, sustentando o aperto de mãos, diz primeiro em élfico, e depois repete em comum:
- A Canção não será silenciada por um olhar, ou pela sombra de uma ameaça. Eu me chamo Lathai,
e fui mandado para protegê-lo, general.