Garras e Lâminas - Barduk!!

A situação estava crítica, Barduk caíra numa perigosa armadilha.
Ali, cercado por cadáveres de orcs que insistiam em se levantar, seus homens se espalhavam, sem conseguir agrupar em qualquer formação ou se aproximar. General e xamã-Lobo lutavam no centro da clareira, ao lado de uma pilha de corpos em cujo topo estava a menina-lobo, amaldiçoada de alguma forma pela fúria do xamã.

Óin estava sob ataque de dois fortes lobisomens, mantido afastado por ordem do amaldiçoado alfa, que banhava toda a clareira com uma aura de pura maldade, que ao mesmo tempo parecia ir em direção a uma criatura nefasta escondida nas copas das árvores, um enorme morcego que parecia ter mais de 5 metros de envergadura.

O lobisomem crescia em fúria e poder, brandindo seu machado de ossos, e cada golpe do general surtia menos efeito, o inimigo cada vez mais resistente.
A menina sangrava por um forte golpe na perna direita, feita pela magia do xamã, transferindo pra ela os ataques contra ele.

*Barduk Sessa os ataques ao perceber a presença do morcego*
''seria o xamã apenas uma marionete neste tabuleiro?''
*O anão sorri em meio ao caos, seu corpo se contraía, precisava agir, tinha de descobrir o que estava acontecendo*

-Você sabe o que diferencia um clérigo de um reles xamã lobinho? você cria para destruir e eu destruo suas criações e as mando de volta para o inferno.

**os olhos do anão brilham em um azul celeste intenso, uma lebre brisa joga seus cabelos e barba para trás enquanto seu símbolo sagrado é erguido em direção ao xamã. O anão cerra os dentes e então aponta seu martelo e bigorna para o morcego*
-que as crianças da noite se revelem a minha luz e me concedam esta dança. Do pó vieste e ao pó voltarás.

<off> expulsar Mortos-vivos <off>

O anão brilha com a luz divina emanando do símbolo sagrado, forçando os orçamentos zumbi a se afastarem e abrindo a brecha que precisava para 2 dos seus homens se aproximarem, pondo-se com os escudos ao seu lado numa pequena falange.
O xamã ri, um misto de fúria e desdém, e com sua pata desfere um poderoso golpe (um chute, por assim dizer, valendo-se do tamanho), mas tudo que faz é empurrá-los para traz.

Barduk vê a fera-morcego abrir ainda mais as asas. E não gosta nada do que vê. Seu corpo era enorme e pedido, negro como a noite. Exceto na cabeça, coberta por pelos vermelho-sangue, e olhos ainda mais selvagens que os do xamã. Abrindo a boca de presas afiadas e amarelo das, ele emite um som assustador que ecoa pelo bosque. O efeito é um chiado constante e desorientados, que traz consigo um silêncio predatório para a mata.

Barduk sente o peito inflar diante da fera, ao mesmo tempo que identifica uma forte ligação entre a aura da criatura e o poder do xamã.

*Barduk retesa o corpo a menção do chute do xamã, aquele era o menor dos males. Tudo que fizera contra o xamã foi transferido para a garota. Tinha de quebrar os elos ali formados.*

''na mosca''

-REAGRUPAR, PAREDE DE ESCUDOS

*Barduk dá um passo de ajuste para trás para que seus homens se fechassem a frente dele impedindo o alcance do xamã, olha mais uma vez para o demônio enquanto sua mão escorrega para o seu odre, havia ali algo útil naquele momento, talvez para deixá-lo ainda mais irritado. O objetivo não era apenas feri-lo e sim fazê-lo perder o elo empático com o xamã. Com a ponta de lança do urgrosh faz pequenos talhos no odre de couro e o arremessa contra o morcegão, aproveitando-se dos cortes que expeliriam a água em jatos e de sua força para estourar o odre assim que acertasse o alvo*

<off>Barduk tem dois odres, um com água e outro com água benta. o de água benta é o que foi jogado. vide itens na ficha do anão<off>


<off> controle de magias
Truques - 3 utilizados
1 - 2 usadas
2 - 1 usada

Barduk vê o monstro acompanhar o odre com olhos afiados, por um instante parecia aflito. Mas mais próximo, ele fecha uma das asas, usando-a como um escudo.
Batendo contra ele, partes do odre se rompem pelos furos feitos pelo general, encharcando-a.

O monstro urra pelo incômodo.

No instante seguinte, Barduk volta a atenção ao campo de batalha quando, numa extremidade da clareira, um bando de zumbis empilha sobre um de seus homens, que gritava agoniado.
Ao mesmo tempo, um dos escudos de seu protetor se parte com um poderoso golpe do machado do xamã.

Os urros da fera se misturavam aos grunhidos do xamã-lobo.

-REAGRUPARRR FORMAÇÃO...
"Raios estão ficando surdos...assim vamos todos pro inferno"

*vendo que não teria mais muita proteção o anão utiliza novamente o recurso de sua fé. Precisava salvar seus homens e levantar sua moral*

Expulsar mortos vivos na direção do anão que estava amontoado. Depois toma o lugar do anão que perdeu o escudo fazendo novamente a formação em parede

Num corre-corre danado, anões por toda parte, Barduk assume aquele que foi desarmado, ao mesmo tempo em que outros levantam aquele que antes estava caído.

Os zumbis formavam uma falange cadavérica ao redor de vocês, os números espalhados pela clareira diminuíam, permitindo que o grupo agora fosse composto por 5 escudos, e dois desarmados na retaguarda de vocês (o que você cobriu e o que estava capido, ainda sem escudo).
Mantendo a formação de frente para o enorme xamã-lobo, ele se movia de lado, contornando-os, com um olhar zombeteiro.

Ele diz, com a voz monstruosa:
- Números aumentam, General. Vamos equalizar esta dança.

Com um gesto para o fundo da clareira, um enorme monstro contornava a pilha de corpos, onde o lobisomem no topo guardava a garota desacordada como um predador protegendo a caça.
Este monstro, Barduk conhecia bem. Já lutara contra ele, custando a vida de Óin.
Um lobo monstruoso, com enormes cravos feitos de ossos escapando pela pele, como "chifres" na cabeça e nas costas, e o tamanho era abissal. Muito maior que um cavalo de batalha, e os olhos faiscando como os do monstro que parecia comandá-lo.

Seus homens se encolhem momentaneamente.
Precisavam de comando.
Você precisava de uma estratégia.

-nunca foi um contra um monstro.
*cantarolando*
-quem tem medo do lobo mau lobo mau lobo mau. ERGAM ESTES ESCUDOS MOLENGAS E VAMOS DANÇAR AO SOM DOS NOSSOS MARTELOS. Parede de escudos, vamos mostrar pra esses dentuços do que somos feitos. Batam todos juntos e voltem a formação. Deitem o xamã primeiro.

*Barduk observa a movimentação do xamã e aguarda o melhor momento, quando este está suficientemente longe para que possa agir sem ser interrompido novamente*

-você tem razão lobo, está mesmo na hora de equilibrar os números.

*o anão mantém seu escudo fixo a sua frente com os olhos acima observando o tabuleiro. As peças estavas postas, o rei inimigo se movimentava livre enquanto o bispo se mantinha a distância, ou seria o contrário? A movimentação do cavalo era mais preocupante, já o conhecia e sabia de sua força, era mesmo hora de agir. Os deuses tinham de estar a seu lado*

-que a doce brisa que invade os salões de Mithral nos dias de verão nos dê a graça de sua chegada. Em nossa boca o gosto da mais pura cerveja, em nossa pele o suor da batalha e em nosso peito transborde o sabor da vitória que acalma nossos corações. De pé garota, eis aqui diante de nós o seu algoz, aquele que fez de você um cão encoleirado. De pé garota e dance comigo esta canção.

*Acalmar emoções: Tempo de lançamento: 1 ação
Alcance: 18 metros (12 quadrados) Componentes:
V, G Duração: Concentração, dura até 1 minuto
O jogador tenta suprimir emoções fortes em um grupo de pessoas. Cada humanoide em um raio esférico de 6 metros (4 quadrados), centrado no ponto escolhido pelo jogador dentro do alcance deve fazer um TR de Carisma; uma criatura pode escolher falhar no teste de resistência se assim desejar. Se a criatura falhar, o jogador escolhe um dos dois seguintes efeitos. O jogador pode suprimir qualquer efeito que esteja causando ao alvo a condição de encantado ou assustado. Quando esta magia encerrar, qualquer efeito suprimido retorna, caso sua duração não tenha terminado nesse meio tempo.

(uso na garota e nos outros lobisomens, inclusive no grandão Só postei o efeito número 1 pois foi este que escolhi. Lembrando que Barduk curou a garota pouco tempo antes de ter um cachorrinho guardando ela. A ideia, se der certo é fazer com que a garota perca o encantamento e ajude o anão na contenda, caso não ajude, ao menos o lobo vai tomar pau sem transferir o dano. Quanto aos outros lobos, se eles estiverem sob encantamento tbm poderão abrir mão de viver sob a coleira do xamã).

<off1> o xamã está andando ao redor da formação que está em V tendo Barduk ao centro, ou seja, uma hora ou outra ele se afasta do anão, é nesta hora que Barduk irá agir, logo após o ataque dos outros anões <off>

<off2> a ideia é causar um dano maciço mesmo que ele regenere, apenas pra que ele sinta dor e comece a perder a concentração. pensando na formação em V, batemos de um lado quando ele gira por ali e batemos do outro quando gira pelo outro lado, sempre voltando a formação, assim podemos nos proteger do outro lobo tbm <off>

A garota geme, e grita, e se transforma. Mas permanece deitada sob o jugo do lobisomem que a "protege".
Porém, o monstro no topo da clareira emite outro longo chiado, atordoando e silenciando a mata ao redor.
Por um breve instante, Barduk vê o xamã-lobo vascilar incomodado para, em seguida, continuar:

- Paus e pedras quebrarão meus ossos, General. Mas o jogo de MALAR!!! Acaba de começar...

O xamã atira o machado de osso na pilha de corpos, ao mesmo tempo que abre os braços, o corpo mudando rapidamente para uma forma monstruosa e quadrúpede.
Diante dos olhos da formação, o xamã se transforma numa versão espelhada do enorme lobo atroz que os encarava, rosnando furiosamente.

Ao mesmo tempo, a pilha d ecorpos acende numa enorme e alta pira flamejante.
O lobisomem no topo urra, sob algum tipo de transe ritualístico, sentindo as chamas lamberem seu corpo.
Ele segurava a garota, agora transformada, pelos braços, mesmo transformada, algo a impedia de se desvencilhar do transe.
Os dois reagiam à dor das chamas, um duplo sacrifício ao Deus-fera Malar, enquanto agora os soldados na clareira se viam desafiados por dois enormes lobos-atrozes, que se moviam como se fossem um espelho um do outro, deixando-os confusos.

O céu clareava dando adeus àquela noite amaldiçoada.

-acertou de novo, monstro. Homens deitem o peludo, Mas se possível não o matem, ainda. Eu cuido da garota.

*mais uma vez Barduk aguarda o melhor momento para sair da formação e correr em direção a pira de fogo. Não poderia arrancar a garota dos braços do lobo, mas se arrancasse o lobo do fogo, a garota viria de brinde. Em meio a corrida Flash de tudo o que passou desde que acordou para sua nova vida lhe vem a cabeça e num piscar de olhos seus pés Não tocavam mais o chão. Sente um no na garganta que é logo aliviado ao ver que seu maior presente ainda estava preso ao corpo, o colar de seus maiores tesouros, Lady e Andariel. E tudo muito rápido, o fogo Lange sua pele e então o anão desperta novamente. O lobo estava a sua frente. Barduk poe o escudo a sua frente e com toda a sua força aliada ao seu impulso tenta dar um tranco no lobo e na garota para tirá -Los de lá. Não seria esta a noite de malar*

Barduk dispara pilha acima, ignorando as chamas que ardiam ao redor.
Ouve o baque surdo das mandíbulas dos lobos-atrozes em sua retaguarda, ao mesmo tempo que um dos soldados é arremessado contra uma árvore pela violência dos monstros.

No "vôo", o general tromba e se engalfinha com o lobisomem que segurava a menina, ambos estavam em transe, enfeitiçados pelo chiado do monstro no topo da clareira.

A formação se quebra, os soldados tentavam lutar contra os dois enormes monstros.
Algo segura a perna do general, que fica preso na pilha de corpos em chama, como estavam a garota-lobo e o lobisomem enfeitiçado. Bolhar de feridas se abriam em ambos os corpos.

A dor lhe castigava terrivelmente, e podia sentir a criatura ficando cada vez mais forte.

ÚLTIMA RODADA!!

O Sol nasce no horizonte além da mata.

*Ao ver o orc o anão não pensa duas vezes antes de abrir-lhe a cabeça com o Machado *
-esta morte não Vale como sacrifício monstro. Hahaha

*Barduk tromba mais uma vez com o escudo e tenta de uma vez por todas arrancar a garota lá de cima. Aguentaria, pouco tempo e está era sua última chance*

-aguentem firmes homens. O general ja está voltando das cinzas.

Narrativa:

Ao correr rumo à garota, o general confiava no transe do lobisomem que a protegia. Mas então percebe uma grave falha na formação adotada:
Ela contava com sua força ao centro, e ao quebrá-la, mesmo sendo rendido, não tinham a mesma capacidade de manter a frente ante inimigos tão fortes.
Os lobos atrozes não tiveram qualquer dificuldade em enfiar-se no vão aberto, umdeles trombando e derrubando metade dos homens pela grande força.
O outro agarra um dos soldados pela perna, arremessando-o contra uma árvore, e de longe pôde-se ouvir o "CRAC" de suas costas partindo pela força do golpe, caindo imóvel no chão.

Os dois monstros rosnam triunfantes, sangue era derramado e vidas se perdiam a cada instante.
Ao longe na mata podia ver incontáveis vultos movendo-se por toda parte numa velocidade surpreendente.

Ao subir a pilha, o tropeção é inevitável quando algo agarra-lhe a perna, e você se depara com um orc ferido, até então escondido entre os mortos. Tão ferido que você o incapacita com um golpe certeiro na testa, mas ao se virar, para sua surpresa, você se depara com o lobisomem restante, que havia enfim largado a garota, e agora estava bem na sua frente, empunhando o enorme machado de ossos com as duas mãos, e entre rosnados ele urra:
- RRRRRRRR!! PELA GLÓRIA DE MALARRRR!! EIS O SACRIFÍCIO...

Muito rápido pra se defender e, caído, estava distante do próprio escudo, o general sente a lâmina entrar, fria, nas costas, como dentes de uma fera furiosa.
O adversário traiçoeiro ergue o machado para um segundo golpe quando um feixe de luz do dia atinge-lhe o rosto em cheio, derrubando-o da pilha e caindo com o machado para trás.

Você sentia toda a dor do golpe, e apesar de ver o machado cair à sua frente, ainda sentia a lâmina nas costas, perfurando e "mastigando" sua carne.

Narrativa 2:

- RRRRRRRRRRAAAAAAAARRRRRRR!!

Os lobos atrozes rosnam, deixando de lado os guerreiros para correr em sua direção, os olhos ardendo em fúria abissal.
Mas então percebe que o som não vinha deles, e a fera presa nas árvores despenca sobre um dos atrozes, aterrorizando o outro, que dispara mata a dentro.

Os anões correm para todas as partes, abrindo completamente a formação ante a monstruosidade que se apresenta:



Com uma violência jamais sonhada por qualquer um ali, o monstro despenca sobre o Lobo-xamã, esmagando ante o peso de seus mais de 4 metros de altura e sabe-se lá quantas toneladas, num baque que certamente seroa ouvido da vila.
Com a força dos pés-símios, ele estoura completamente as costelas do inimigo, e com a mesma destreza, ergue com as mãos seu corpo, abrindo-o em duas partes, espalhando sangue e vísceras por toda parte, sem dar tempo sequer para a última palavra do adversário.

Ainda em pé, e brandindo as metades do que já foi um poderoso xamã, o monstro urra para o ar, agitando as árvores por completo. E se o general não estivesse tão dolorido, era certo que sentiria sua própria alma correr para longe de pavor ante a fera.

Olhando-o no fundo dos olhos, enquanto as costas do monstro se rasgavam, abrindo enormes asas de morcego, o general ouve uma voz selvagem e assustadora falar em sua cabeça:
"MALAR NÃO QUER ESTAS TERRAS. FIQUE COM ELAS, GENERAL. MAS AS FERAS SABERÃO SEU NOME, E ONDE HOUVER A FÚRIA DAS BESTAS, HAVERÁ MALAR MALDIZENDO SUA SINA!!"

Tão terrível quanto desabou, as asas batem furiosas, esparramando uma forte ventania pra todos os lados, apagando completamente as chamas e espalhando corpos e anões por toda parte. A fera salta metros no ar, batendo as asas e voando além das árvores, se desfazendo numa névoa escarlate e sujando de sangue as folhas em sua passagem, que secam e morrem imediatamente, derrubando galhos e entortando árvores.

Narrativa 3:

Um misto de dor e alívio começava a amortecer seu corpo.
Enfim, estava acabado. Podia sentir nas entranhas a calma tomando conta da floresta, nada da selvageria das últimas noites.
Mas ainda via por toda parte vultos correndo pela floresta. e além, gritos, urros e ganidos cada vez menores em números, e cada vez mais distantes.

Os anões passavam pelos corpos, chegando até você, e ao vê-lo, gritam entre si:
- ELE ESTÁ VIVO. O GENERAL ESTÁ VIVO. AVISEM QUE ACABOU.

Eles se aproximam com cuidado, um dos acólitos prontamente abrindo seu kit de socorros e ajuda.
E por toda parte, você ouvia várias vozes, no começo um anão, depois homens, e depois já não sabia mais:
"Acabou!"
"Vitória!"
"Vencemos!"
"O General CONSEGUIU!"

*o anão sente a dor das feridas da batalha, mas sua dor mair era pelos que haviam sucumbido. Sua atitude poderia ser louvada por muitos, mas ter deixado a formação custou a vida dos seus semelhantes. Qualquer guerreiro sabe a importância de manter a formação e a ordem na batalha e Barduk a havia jogado para o alto. A batalha havia acabado, o anão se reergueria em breve, a vila Bowen estaria segura novamente, mas ainda não estava acabado. Ao ouvir as palavras do demônio um sorriso ensanguentado pôde ser notado, pois este já era maldito pelos drows, orcs e alguns gigantes e agora seu nome soava nos ouvidos de malar. Sabia que não seria páreo frente a frente com um deus, mas acreditava muito mais na força de seu panteão. Seu Pai Moradin, e seus guerreiros como Clanggedin nunca o deixariam desamparado. Ao perceber que seus homens se aproximavam, o anão suspira com alívio em meio a dor das queimaduras e das feridas, olha ao redor buscando com os olhos a garota e seus homens e então sussurra ao acólito*

-ajudem os feridos, tragam todos os mortos e seus pertences. Daremos a eles o enterro que merecem. RRrr .

*a dor era intensa. Barduk deixa que os seus cuidassem de tudo e fecha os olhos que ardiam devido as chamas e ao sol que despontara lhe trazendo às boas novas*

''ainda não acabou. Nós cortamos apenas o rabo destas feras''

Os olhos do general tornam a abrir, estava deitado numa confortável cama feita de vinhas, forradas por folhas grandes e massias, cada uma parecendo uma almofada.
A dor percorria seu corpo como minhocas sob a terra. ainda sentia a "mastigação" do último golpe mordendo forte os músculos.

Não sabia bem onde estava, apenas que parecia uma pequena gruta. Uma pequena fogueira ardia no centro, e dela exalavam odores de ervas tomando o ambiente, que o mergulhava numa chama esverdeada.

Sentado ao lado da fogueira, Barduk vê um grande orc, parecia velho, de longos cabelos brancos, e enquanto murmurava baixíssimos cânticos, deixava uma ou outra palavra mais audível escapar.
Sente uma lambida na mão, e ao se virar vê um gato, ou assim parecia. era grande para um felino, de pêlos verdes e loncas orelhas peludas, além dos olhos cor de âmbar.

Ele (sim, o gato) fala:
- Teve sorte, general. Vimos sua luta dos cumes. Sua bravura é lendária. Ou chamaria de teimosia? seja como for, você venceu. Vidas foram salvas, outras foram perdidas. É assim que as coisas são.

O velho orc diz, num tom distante:
- A criança ainda está chorando. Não acabou.

Sente uma fisgada seguida de cócegas, quando vê uma pequena aranha brilhante surgindo no seu peito, ainda deitado. Era Spark, com suas patinhas de energia.

*Barduk observa o local atentamente e toma um susto ao ver o orc. Estava ele em apuros?*
"Raios, o anão que anda com um drow e é salvo por um orc. To na merda mesmo"

*o dia prometia, não bastava o orc ainda tem um grande gato falante*
-rrrrŕ. Quem são meus anfitriões?

*Ao ver spark sente um alívio. Era bom ver um conhecido por ali. Estaria Gurag por ali também ou....seria o velho pai do casca de orc?*
-é bom vê - lo amigo.

Quando Barduk dá por si, o orc estava bem ao seu lado, os olhos fechados, e o estava... farejando.
Por fim, ele diz:
- Maera e Nicolay falharam. O Rei ganhou algum tempo, mas seu triunfo caminha para o xeque-mate. Enquanto a criança chorar, o Rei ficará afastado. Mas quando o silêncio cair sobre o Reino, Tudo estará acabado.

O gato se afasta do general, dizendo:
- É bom ver um general agindo. Mas precisa conhecer suas forças, antes de liderá-las.

Spark dá um salto indo parar no ombro do orc, que agora se afastava da cama onde estava.
A cada passo dele, sua dor diminuía, mas ainda não conseguia se mover.

Com o canto dos olhos, vê no fundo da caverna o escudo de Gurag, apoiado na parede.

''o Rei caído?"
*Barduk estava confuso com as palavras do orc. Se esforçava para entendê-las dando sentido junto a tudo que descobrira. Havia muito a ser feito, muito a ser dito. Cormyr precisava abrir os olhos e rápido.*

-Gurag

-Seu filho ainda vive, ORC? o casca de orc é duro na queda...mas aquela armadura...

-Como vou conhecer minhas forças bichano, se acabo de reuni-la pela primeira vez? Nesta vida não trago memórias passadas, nesta vida os trapos ficaram para trás e apenas os Amarkill seguiram em frente. Tenho de chegar a Arabel ou Suzail e preparar as defesas desta Região antes de partir, tudo que descobri foi apenas a ponta do Iceberg. Há ainda muitas outras a serem descobertas.

*Olha mais uma vez na direção do Orc*
-Maera ainda vive? e os outros dos meus que se perderam pelo caminho? Os irmãos Dragão, o bárbaro, Bhark, Bharkan, More?...

Num gesto brusco o orc parece prestes a dar-lhe um forte tapa nas ventas, mas para com a mão aberta bem na frente do seu rosto, dizendo:
- Cada dedo da mão tem sua função, general. Mas tome-me um deles (ele dobra o indicador), e contimuo tendo uma mão. Será a mesma? JAMAIS. Mas ainda pode segurar um bom machado e partir algumas dúzias de cabeças de ogros.

O bichano ronrona, saltando para o chão, e barduk tem a impressão de que, por um momento, ele pairou no ar, como por magia.
O orc continua:
- Minha mãe não me ensinou a segurar num machado, general. Muito menos meu pai, pelo qual eu teria morrido. Só precise de tempo, e só usá-la quando ela se tornou necessária. Da mesma maneira...

Um novo gesto brusco, ele parece dançar, primeiro passos mais simples e tribais, para se tornarem mais elaborados, e então você nota que o chão o acompanhava, desfazendo suas pegadas a cada passo, até que com um gesto, ele aponta o dedo pra você, mudando completamente de cor por um breve instante. E o que Barduk percebe é um fino filete de terra, que começava na ponta do dedo retorcido pela idade, e terminando na ponta do seu nariz, fazendo-o ter uma forte vontade de espirrar.

a esta altura, o general podia ouvir alguém conversando na entrada da caverna.

-há mais perguntas do que respostas pra cada frase sua. Usando suas palavras, o que dscobri foi apenas um dedo.

-atchuff pelas barbas de moradin.
*um espirro gutural.*
-para conhecer minhas forças eu precisarei de tempo, mas que tempo? Meu nome precede minha chegada mas ainda não sei até que ponto isso é bom ou ruim. Mas não temo a isso.

-há mais perguntas do que respostas pra cada frase sua. Usando suas palavras, o que dscobri foi apenas um dedo.

-atchuff pelas barbas de moradin.
*um espirro gutural.*
-para conhecer minhas forças eu precisarei de tempo, mas que tempo? Meu nome precede minha chegada mas ainda não sei até que ponto isso é bom ou ruim. Mas não temo a isso.

Spark salta do ombro do orc, que torna a derramar unguentos na fogueira, mergulhando a caverna num odor forte, e adocicado.

A jóia de patas diz:
- Usar o que tem ao seu alcance, general, é o maior dom de um bom comandante. E unir suas forças em pequenas missões é a rotina de um general, no reconhecimento de suas tropas. Se não quiser se transformar em vários, seja apenas UM... com vááááááários dedos em sua mão.

O tom da pequena pedra falante o fazia lembrar de Gurag. A sabedoria por trás de cada frase.
Então se lembra das palavras de outro líder em seu comboio, mas sem a mesma boa fama de barduk.
Como Sigfried sempre dizia, um comandante deve confiar em seus comandados. Dar uma ordem e observá-la se cumprir é perda de tempo.

*as palavras de Spark e às lembranças de Sig faziam sentido. Barduk tinha muito a aprender no que se tratava de liderar uma tropa. O maior exemplo disso foi ter saído do vilarejo em um número tão reduzido com o inimigo a espreita. Mas havia um outro lado da moeda, os poucos que havia comandado antes do ataque, nunca retornaram, estariam eles mortos ou haviam desertado? O anão não teve notícias de seus batedores, muito menos de Garth que ainda era uma incógnita para o ele*

-ouço alguém naquela direção. Há mais alguém nesta caverna? por que fui trazido pra cá ao invés de seguir para o vilarejo com meus homens?

*Barduk faz força para tentar se levantar*

O velho orc é quem responde:
- Estava prestes a mudar, general. A licantropia de Malar era a pior de todas. Se voltasse à vila, não tenho dúvidas de que teria matado a tudo e a todos antes de ser parado. Então spark fez sua voz retumbar, mandando que seus homens o deixassem, pois estava bem, e fossem atrás de Óin. Mas logo perceberão que sumiu. Eu o trouxe aqui como um druida chama suas feras. Mas este truque não vai mais funcionar. Pois não há mais uma fera dentro de barduk. Apenas o anão, agora mais herói do que nunca.

Barduk começava a sentir uma ponta de orgulho pelas palavras do xamã, ao mesmo tempo que desvendava a cabeça de Gurag. Ele era brilhante, mas seu pai tinha muito a ensinar.

Ele se volta para o gato e diz:
- Por favor, Málak, avise aos elfos que o general está bem. Ele está indo pra casa.

Com a última emulsão atirada às chamas, Barduk sente o peito arder, e de repente a dor desaparece.
Logo em seguida, alguém adentrava a caverna. um elfo com traços de idade. Barduk nunca vira um assim, calculava os séculos que se acumulavam em seus ombros.

Ele para diante do general, ajoelhando em posição respeitosa e dizendo algo em sua própria língua para, em seguida, olhá-lo nos olhos, as íris num tom de mel, e dizer em comum:
- Salve, meu general. Eu o saúdo em nome dos Flechas-Verdes.