Sequestrados pelo Mithal!!
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Sequestrados pelo Mithal!!
O drow deixa a segurança da gruta, chuva forte teimava em cair sobre a região, transformando as trilhas em verdadeiros rios.
"AAAAAAAAAIIIIIII!"
Ele olha para dentro, dor no coração, e apressa o passo para fora, afastando-se alguns passos. Ali estava a anã, amparada em seu bordão e olhando o "rio" que descia do alto da montanha em direção às ravinas abaixo.
BLOSH!
O drow ri, e diz:
- Conseguiu chegar em algum lugar?
O segundo drow, totalmente enlameado, tentava se limpar na água que desprendia de uma pedra mais pontuda, formando uma ducha natural.
Ele diz, tirando lama das roupas e dos cabelos:
- É claro que não. A água está muito forte. Mas vi alguém marvhando a baixo. Há alguém vindo pela estrada. Reforços, talvez.
O primeiro tenta espremer os olhos e diz:
- Não sei como consegue ver alguma coisa. Mal vejo além da chuva nos meus cabelos.
A anã diz:
- Tem que prendê-lo, seu bobo. Enquanto estiver ao léu, os cabelos só vão atrapalhar.
Os dois se olham, e quase ao mesmo tempo puxam os longos cabelos para trás, um deles dando um nó nas madeixas, e o outro usando a lama como fixadora, criando ainda uma camuflagem natural.
"AAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!"
Os dois voltam a olhar para dentro.
D1: Ela está piorando. Precisamos de ajuda.
D2: Temos que confiar. Nigel sabe o que faz.
D1: Você confia mesmo nele?
D2: É claro que não. Mas estamos presos a ele.
O som tempestuoso de enormes asas batendo na tempestade corta o barulho da chuva, e o trio olha para o alto em silêncio.
A anã diz:
- A falha é óbvia. Não trouxemos um mago conosco. Quando ela disse que foi vista devíamos imaginar que os inimigos estariam prontos com tudo.
D1: Mas aquela coisa... um gnoll dos infernos.
D2: Literalmente. Alguma aberração das montanhas. Talvez do Abismo de Tilverton. As auras mágicas que duelaram por lá há alguns anos devem ter criado esta coisa.
D1: E os chamas-rubras o recrutaram. Droga. Sem magos não temos a menor chance. Devíamos ter fugido.
Anã: E tido o mesmo fim dos Du´Gall, você quer dizer.
Silêncio.
Passos vêm do fundo da gruta, e uma figura incomum, de tapa-olho.
D1: Como ela está?
O homem faz cara de confuso e diz:
- Pergunte ao clérigo. Eu só trouxe remédios. Quem está...
Nigel: Ela está dormindo. Mas está com muita dor. Ainda vai gritar bastante até a infecção passar.
D2: Há algo que podemos fazer?
Nigel: Sim. Vão dormir. Ficaremos de guarda.
Sem protestar, os drows vão para dentro da caverna.
Nigel toma uma pedra perto da anã e diz para ninguém em especial:
N: Logo vai amanhecer.
Anã: Como pode saber no meio desta chuva?
N: Dá pra sentir. Não preciso do horizonte pra isso.
O trio tinha uma grande pedra chapada como cobertura contra a chuva.
O homem diz, sentando-se próximo de Nigel, em outra pedra:
- Estamos ferrados.
A anã olha de canto de olho, mas não fala nada.
Nigel suspira e diz:
- Foi sorte eu ter mandado Wong no meu lugar, ou estariam todos mortos.
A anã fecha os olhos. Não fava pra contestar isso.
Um filme se passa em sua mente. Depois que Wong tomou a pantera pra si, com aprovação dos demais, eles tomaram a fera como derrotada, mas assim que o monge se distanciou, a besta abriu as asas e estourou o colar que a prendia.
Ela só teve tempo de golpeá-la com violência na cabeça, desacordando-a. Este foi o último instante de sorte daquele grupo derrotado.
O drow deu um grito quando a mantícora despencou sobre suas costas, mordendo e rasgando a carne com suas garras finas.
O segundo a agarrou tentando soltá-la, quando ela o acertou com a asa e depois deu-lhe uma rasteira com a calda, derrubando-o sobre a perna cravada de longos espinhos, fazendo a ranger berrar.
Então a anã, que se preparava para ajudar, viu 4 drows saindo da mata, andavam de maneira estranha. e quando chegaram mais perto, ela viu, horrorizada, os olhos vagos, os semblantes já mortos, animados por uma poderosa magia necromante.
Eles seguiam os gritos, mas com a mantícora atracada aos seus dois espadachins e a ranger caída, a perna quase inutilizada, ela teve que correr até os Du´Gall. Acertou o primeiro com um chute voador, e ainda no ar ganchou o segundo pelo ombro e girou, descendo com o bordão na cabeça, que se partiu feito um melão.
Ela caiu de mal jeito, mas viu que aquele que foi girado caiu e já se levantava, mesmo com o ombro quase na altura da bacia. E o outro, com a cabeça aberta, nem chegou a cair, e já a mirava com a boca semi-aberta.
Ela estava no meio de quatro mortos-vivos.
De longe, ela viu que alguém observava, mas não pôde divisar seu semblante. Pensou em pedir por ajuda quando a ventania começou. O forte som de asas batendo, e quando todos perceberam, um enorme pássaro (ou assim parecia) feito de nuvens e de chuva golpeou os drows atracados com a mantícora. A sorte foi que ao cair, a fera se enterrou no sabre de um deles.
O pássaro elemental brilhou, seu pio mortal disparou um violento relâmpago contra os mortos-vivos, mas atingiram a anã que estava junto deles. Tamanho foi o poder do raio que ela desacordou, e seu silêncio foi tomado pela criatura como derrota.
Ela volta a si com mãos firmes em seu ombro. Era Nigel, o olhar preocupado.
N: Vá descansar. Ainda temos de encontrar uma forma de voltar.
Anã: Eu estou bem...
N: Não está. Ninguém está. Mas eu não estava na luta. Estou mais apto a aguentar o amanhecer. Vá descansar, e se não quiser, fique de olho na ranger. Ela não está fora de perigo.
A anã, como uma criança obediente, segue para a gruta, pisando firme como única forma de protesto permitida.
O homem acende um cachimbo de madeira, pitando um fumo de cheiro forte e incômodo.
Ele diz:
- alguma idéia de como vamos sair daqui?
N: Nenhuma. Só Finn pode falar com o Mithal. Tenho certeza que pela manhã eles virão se juntar a nós.
- Está confiando no elfo e num enorme talvez?
N: O que sugere que eu faça? Saia por aí num labirinto encantado? Só vou mover os feridos pra ter de curá-los de novo, isto se nada mais tiver sido mandado pra esta umbra. Estamos presos aqui neste espelho.
- Fala com propriedade. Já esteve aqui?
N: Hahaha! Investiguei psíquicos por muito tempo. Aprendi uma coisa ou outra. Sei que não estamos no nosso mundo. Caso não tenha reparado, a chuva cai perfeitamente vertical. Onde, e sob que clima, você já viu isto acontecer?
Surpreso, o homem estende a mão deixando-a molhar:
- Raios. E esta agora.
N: No seu caso foi azar. Você e Zook se movem por teletransporte entre círculos de Underdark. Você deve ter sido apanhado no momento em que o Mithal nos aprisionou, isto o trouxe até aqui.
- Esta foi a sorte de vocês. Senão ainda estariam na chuva.
N: Não sei bem se agradeço a sorte ou a você. Seja como for, suas poções fizeram a diferença.
- Ainda tenho algumas, mas prefiro guardá-las para uma eventualidade.
N: Deixe a cura comigo. Se te conheço, deve estar computando cada moeda de ouro que estou te fazendo gastar.
O homem não respondeu, limitou-se a encarar a chuva no vale a baixo. Maldito clérigo, como conseguia adivinhar seus pensamentos daquela forma?
"AAAAAAAAAIIIIIII!"
Ele olha para dentro, dor no coração, e apressa o passo para fora, afastando-se alguns passos. Ali estava a anã, amparada em seu bordão e olhando o "rio" que descia do alto da montanha em direção às ravinas abaixo.
BLOSH!
O drow ri, e diz:
- Conseguiu chegar em algum lugar?
O segundo drow, totalmente enlameado, tentava se limpar na água que desprendia de uma pedra mais pontuda, formando uma ducha natural.
Ele diz, tirando lama das roupas e dos cabelos:
- É claro que não. A água está muito forte. Mas vi alguém marvhando a baixo. Há alguém vindo pela estrada. Reforços, talvez.
O primeiro tenta espremer os olhos e diz:
- Não sei como consegue ver alguma coisa. Mal vejo além da chuva nos meus cabelos.
A anã diz:
- Tem que prendê-lo, seu bobo. Enquanto estiver ao léu, os cabelos só vão atrapalhar.
Os dois se olham, e quase ao mesmo tempo puxam os longos cabelos para trás, um deles dando um nó nas madeixas, e o outro usando a lama como fixadora, criando ainda uma camuflagem natural.
"AAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!"
Os dois voltam a olhar para dentro.
D1: Ela está piorando. Precisamos de ajuda.
D2: Temos que confiar. Nigel sabe o que faz.
D1: Você confia mesmo nele?
D2: É claro que não. Mas estamos presos a ele.
O som tempestuoso de enormes asas batendo na tempestade corta o barulho da chuva, e o trio olha para o alto em silêncio.
A anã diz:
- A falha é óbvia. Não trouxemos um mago conosco. Quando ela disse que foi vista devíamos imaginar que os inimigos estariam prontos com tudo.
D1: Mas aquela coisa... um gnoll dos infernos.
D2: Literalmente. Alguma aberração das montanhas. Talvez do Abismo de Tilverton. As auras mágicas que duelaram por lá há alguns anos devem ter criado esta coisa.
D1: E os chamas-rubras o recrutaram. Droga. Sem magos não temos a menor chance. Devíamos ter fugido.
Anã: E tido o mesmo fim dos Du´Gall, você quer dizer.
Silêncio.
Passos vêm do fundo da gruta, e uma figura incomum, de tapa-olho.
D1: Como ela está?
O homem faz cara de confuso e diz:
- Pergunte ao clérigo. Eu só trouxe remédios. Quem está...
Nigel: Ela está dormindo. Mas está com muita dor. Ainda vai gritar bastante até a infecção passar.
D2: Há algo que podemos fazer?
Nigel: Sim. Vão dormir. Ficaremos de guarda.
Sem protestar, os drows vão para dentro da caverna.
Nigel toma uma pedra perto da anã e diz para ninguém em especial:
N: Logo vai amanhecer.
Anã: Como pode saber no meio desta chuva?
N: Dá pra sentir. Não preciso do horizonte pra isso.
O trio tinha uma grande pedra chapada como cobertura contra a chuva.
O homem diz, sentando-se próximo de Nigel, em outra pedra:
- Estamos ferrados.
A anã olha de canto de olho, mas não fala nada.
Nigel suspira e diz:
- Foi sorte eu ter mandado Wong no meu lugar, ou estariam todos mortos.
A anã fecha os olhos. Não fava pra contestar isso.
Um filme se passa em sua mente. Depois que Wong tomou a pantera pra si, com aprovação dos demais, eles tomaram a fera como derrotada, mas assim que o monge se distanciou, a besta abriu as asas e estourou o colar que a prendia.
Ela só teve tempo de golpeá-la com violência na cabeça, desacordando-a. Este foi o último instante de sorte daquele grupo derrotado.
O drow deu um grito quando a mantícora despencou sobre suas costas, mordendo e rasgando a carne com suas garras finas.
O segundo a agarrou tentando soltá-la, quando ela o acertou com a asa e depois deu-lhe uma rasteira com a calda, derrubando-o sobre a perna cravada de longos espinhos, fazendo a ranger berrar.
Então a anã, que se preparava para ajudar, viu 4 drows saindo da mata, andavam de maneira estranha. e quando chegaram mais perto, ela viu, horrorizada, os olhos vagos, os semblantes já mortos, animados por uma poderosa magia necromante.
Eles seguiam os gritos, mas com a mantícora atracada aos seus dois espadachins e a ranger caída, a perna quase inutilizada, ela teve que correr até os Du´Gall. Acertou o primeiro com um chute voador, e ainda no ar ganchou o segundo pelo ombro e girou, descendo com o bordão na cabeça, que se partiu feito um melão.
Ela caiu de mal jeito, mas viu que aquele que foi girado caiu e já se levantava, mesmo com o ombro quase na altura da bacia. E o outro, com a cabeça aberta, nem chegou a cair, e já a mirava com a boca semi-aberta.
Ela estava no meio de quatro mortos-vivos.
De longe, ela viu que alguém observava, mas não pôde divisar seu semblante. Pensou em pedir por ajuda quando a ventania começou. O forte som de asas batendo, e quando todos perceberam, um enorme pássaro (ou assim parecia) feito de nuvens e de chuva golpeou os drows atracados com a mantícora. A sorte foi que ao cair, a fera se enterrou no sabre de um deles.
O pássaro elemental brilhou, seu pio mortal disparou um violento relâmpago contra os mortos-vivos, mas atingiram a anã que estava junto deles. Tamanho foi o poder do raio que ela desacordou, e seu silêncio foi tomado pela criatura como derrota.
Ela volta a si com mãos firmes em seu ombro. Era Nigel, o olhar preocupado.
N: Vá descansar. Ainda temos de encontrar uma forma de voltar.
Anã: Eu estou bem...
N: Não está. Ninguém está. Mas eu não estava na luta. Estou mais apto a aguentar o amanhecer. Vá descansar, e se não quiser, fique de olho na ranger. Ela não está fora de perigo.
A anã, como uma criança obediente, segue para a gruta, pisando firme como única forma de protesto permitida.
O homem acende um cachimbo de madeira, pitando um fumo de cheiro forte e incômodo.
Ele diz:
- alguma idéia de como vamos sair daqui?
N: Nenhuma. Só Finn pode falar com o Mithal. Tenho certeza que pela manhã eles virão se juntar a nós.
- Está confiando no elfo e num enorme talvez?
N: O que sugere que eu faça? Saia por aí num labirinto encantado? Só vou mover os feridos pra ter de curá-los de novo, isto se nada mais tiver sido mandado pra esta umbra. Estamos presos aqui neste espelho.
- Fala com propriedade. Já esteve aqui?
N: Hahaha! Investiguei psíquicos por muito tempo. Aprendi uma coisa ou outra. Sei que não estamos no nosso mundo. Caso não tenha reparado, a chuva cai perfeitamente vertical. Onde, e sob que clima, você já viu isto acontecer?
Surpreso, o homem estende a mão deixando-a molhar:
- Raios. E esta agora.
N: No seu caso foi azar. Você e Zook se movem por teletransporte entre círculos de Underdark. Você deve ter sido apanhado no momento em que o Mithal nos aprisionou, isto o trouxe até aqui.
- Esta foi a sorte de vocês. Senão ainda estariam na chuva.
N: Não sei bem se agradeço a sorte ou a você. Seja como for, suas poções fizeram a diferença.
- Ainda tenho algumas, mas prefiro guardá-las para uma eventualidade.
N: Deixe a cura comigo. Se te conheço, deve estar computando cada moeda de ouro que estou te fazendo gastar.
O homem não respondeu, limitou-se a encarar a chuva no vale a baixo. Maldito clérigo, como conseguia adivinhar seus pensamentos daquela forma?
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