Povoando as sombras

*O drow chama a Erel e Varla na torre e repassa as informações que Henri descobriu sobre Urdas.*

- Temos uma situação estranha aqui, os dragões púrpuras como vimos por Arkos são uma organização infiltrada por corrupção, assim como os magos de Guerra, enfim, Cormyr como um todo, e agora um dos homens de confiança do Comandante local se revela um espião, mas de qual lado?

*ele olha pela janela visando a região*

- Precisamos saber quem é quem que está em nossa região, afinal conhecimento é poder. Barduk tem o poderio militar e a autoridade, nós precisamos focar em saber onde estamos pisando, descobrir as conexões, as alianças e o que está na escuridão.

- Shar, preciso que Eliel , enquanto não estiver disposta a estar conosco, ensine a ti e quem mais ela receber os segredos, caminhos e trilhas que só ela já teve a chance de descobrir. Leve os mapas.

- Dórin e Ral, como anões terão mais facilidade de se envolverem com os negócios humanos e de Gauntly.  Ila, Dipfein e Alak ficarão responsáveis pelas ações de vigilância e espionagem. Tracem um plano com calma, e consigam informações, precisamos construir nossas defesas e estarmos prontos para contra-atacar quando for necessário. O primeiro ponto, é Urdas. Observem-no de longe e me avisem o que conseguirem. De preferência, usem seus chapéus de disfarce, Jhael como um todo está sendo vigiada.

*vira-se para Varla*

- Tem mais algumas coisas que preciso covnersar contigo.

* Espera as considerações dos demais, para só após saírem, tecer seu diálogo com a velha drow.*

Shar pega os mapas. Não estava acostumada a eles, e dobra sem muito cuidado para acomodá-los em sua bolsa.

Ila diz:
- Tudo certo, exceto por um detalhe. Pra ONDE foi esse Urdas? Como ele foi descoberto, e O QUE foi feito depois disso? Os soldados estão baseados na taverna e num acampamento ao sul da vila. O comandante deles faz QUESTÃO de ser visto patrulhando cada canto de Boven. E ele é astuto e tem magos com ele. Não vai demorar a descobrir os chapéus.

Varla mantém-se observadora a cada um coo uma velha raposa.

*Faz uma pausa, tocando a mão de Shar com leveza, impedindo-a de amassar os mapas e enrolando-os com cuidado, dando um sorriso gentil*

- Cuide de nossa querida, mas também cuide dos mapas com cuidado. Quando eu voltar, quero conversar com Eliel.

*volta-se para Ila e continua*

-Essa é a questão, quem foi descoberto foi Henri. O meio elfo é um espião de alguma das forças da coroa e Urdas o interpelou, numa conversa entre os dois firmaram um acordo de cooperação para que Henri fosse colocado em uma missão nas montanhas. Mas não confio em nenhum deles, será que falou a verdade para o meio-elfo ou é mais um artifício? Quem é o inimigo, afinal? Esta conversa foi há pouco, logo vocês terão um pouco de tempo para se preparar.

* Faz uma pausa enquanto bebe um pouco de vinho enquanto continua*

- E você está certa, os chapéus são apenas um artifício, vocês são o maior artefato, usem-no com sabedoria. Eu posso fazer uma coisa também... Teremos algumas companhias em breve. Mantenham sua vigilância afastada, sem contatos diretos, usem e criem as oportunidades. E Dipfein você não é chamado de fantasma a toa, saberá o tempo e a distância certa para agir. Ral, tente se aproximar de algum deles, ou dos que estão próximos para conseguir contatos para a venda de nossos produtos para a corte, pode ser um bom pretexto para se manter minimamente perto.

- Enfim, mantenham a discrição. O mais importante é conquistar espaço aos poucos, sem pressa, temos tempo, as guerras não irão acabar amanhã e nem ano que vem. Construam nossas pontes com sabedoria.

Ila sai chutando uma pedra e resmungando:
- Queria ter um dos lobos de Eliel agora. Achava este fujão rapidinho.

Dipfein responde com a habitual frieza:
- Um drow vigiando os dragões? Um dos dois não está bem das idéias.

Ral diz:
- Não seria melhor buscar mercadores para escoar nossas mercadorias? Os militares não sõ um mercado rentável. Vou precisar da ajuda de Zook, e o desgraçado cobra caro.

- Ral, você não precisa fechar o negócio, somente sondar, até achar que conseguiu o suficiente, você é astuto o suficiente para saber o momento de parar e se afastar se for o caso. Estamos apenas explorando o ambiente, apenas pincelando as melhores... oportunidades.

*Olha pra Ila*

- Baz-duri, se vocês acham que devem rastrear, Dragão ou algum dos seus pode resolver isso, Algoz está com uma amiga aprendendo algumas coisas, espero.

*Vira-se enfim para o drow*

- Boa sorte, você é o responsável por esta missão. Usem as pedras para se comunicarem.

* O druida busca seu cajado e deixa-o sobre a mesa, havia uma ideia em seu íntimo que tinha preparado para as ações na corte, apesar de arriscado, pensara ser uma boa opção quando chegasse o caso, agora via que aquilo poderia ser uma opção, mas para e volta os olhos a Varla.

O drow levanta e busca um banco para sentar ao lado da idosa*

- Fiquei curioso, e percebi que conheço muito pouco de ti, tem sido uma líder sábia e uma conselheira maravilhosa. São poucos os que conseguem ter alguém assim por perto.

* deixa a frase no ar*

- Por isso... eu queria fazer uma pergunta. Porque nos escolheu?

Sem mudar a expressão, sempre amigável, varla diz:

- Se não o conhecesse bem, More, diria que está me galanteando com tantos elogios. Mas não fui eu quem os escolheu. Foram vocês que me colocaram em meu pedestal. ou já se esqueceu que fomos refugiados nas terras de Boven?

* Toca a mão dela com afeto*

-Quem sabe um dia não poderia ter feito isto?

*sorri e continua*

- Não sei se tua posição é um pedestal ou um fardo. Mas eu apenas coloquei alguém que poderia guiar essa comunidade, assim como um dia eu espero que você passe o bastão para outra pessoa. De qualquer forma, quando o Eladrin esteve aqui, você se mostrou alguém com um conhecimento além do que eu esperava. Pode ser uma refugiada, e talvez todos nós sejamos, párias de uma sociedade que não nos recebe, mas sujeitos sociais protagonistas de uma mudança que se realiza no agora.

* ele balança a cabeça rindo*

- O que quero, se me for permitido, é aprender mais contigo, e se um dia puder saber tua história, será uma honra, Mãe.

Varla ri do gracejo e continua:
- Ah, meu menino... - ela passa a mão em seu rosto, continuando - você definitivamente não foi criado entre nós. Deveria saber que AS drows sempre recebem a melhor educação, independente de sua casta social ou família de origem. Sabe, eu não nasci uma rothé, eu me TORNEI uma. Antes disso fui preparada para ser uma diplomata. Me colocaram em treinamento com todo tipo de diabo linguista. Viajei por tantos portais que meu corpo quase se desfez, até ser considerada "fraca demais". E hoje, estou aqui. Baenre nos liderou para o Reino da Luz, e não poderia ser mais grata por minha sina. É uma pena que ela tenha pago o preço.

- Que bom que acharam que você era fraca, e hoje é quem está conosco.

- Soube que alguma de nossas moças, tem brincado de matrona por aqui... espero que não estejam tornando-se um problema, mas de qualquer forma, creio que esta não é uma questão que eu deva me envolver. Estou, como percebe me retirando de Jhael cada dia mais, creio que tenho outro papel, nessa história, e ainda esteja envolvido nas teias. Minha família esta agindo, e não sei ainda quem são as peças do jogo, e muito menos o lado delas.

-Algo pra decidir depois. Obrigado.